Sofia Ribeiro é protagonista da novidade romance da SIC, “Senhora do Mar”, que estreia esta segunda-feira, 5 de fevereiro, e foi transmitida a sua “Subida Definição” neste sábado, 3, que já havia sido gravada. A atriz gravou sua luta contra o cancro da seio, em 2015.
“Eu tenho muita urgência em viver, em não deixar as coisas para amanhã, o expressar a alguém que sabor da pessoa, manifestar carinho, um congratulação, uma viagem que quero muito fazer, procurar tempo para estar comigo, para fazer coisas que eu sei que me vai potencializar, que me vai levar para um lugar melhor”, começou por expressar.
Se pudesse pedir alguma coisa a Deus e a resposta fosse positiva, Sofia Ribeiro escolheria “saúde”. “Foi um momento dos mais importantes da minha vida e com todo o peso que tive. Estamos a falar de um cancro de mãe, não há porquê ser uma coisa ligeiro. Foi sem incerteza dos momentos mais felizes da minha vida. Eu digo isto de coração, porque foi dos momentos de mais evidente, de me recolocar no lugar notório e de me fazer ver à volta quem é que são as pessoas essenciais com quem eu posso narrar e que poderá narrar comigo sempre para o resto da vida ”, garantiu.
“Quando estive doente, acho que foi preciso ter muita força para não nos irmos inferior e não nos entregarmos à doença, porque é muita coisa que empurra para inferior”, refletiu, acrescentando que “os tratamentos e os efeitos deles no teu corpo” foram duros.
“É uma doença em que você confronta com ela todas as vezes em que você olha ao espelho, é por isso que é tão duro para você e para as pessoas à sua volta. Há muita gente ainda a não saber mourejar com isso. É muito duro, por exemplo, os olhares das pessoas que, na maior segmento das vezes, nem são com malícia, mas são de pena. É doloroso e é preciso ter muita força para saber mourejar com isso, para não te entregares, para acreditares que é só uma período da tua vida e que ela está a intercorrer por um motivo que tu se calhar no momento não vais entender, mas que lá na frente vai perceber o porquê de tudo”, recordou.
Sofia Ribeiro partilhou esta luta publicamente, tendo publicado um vídeo a rapar o cabelo que se tornou viral. “Foi um momento muito duro, mas também de muita aprendizagem, muita evolução e de uma bolha de paixão que eu nunca mais me vou olvidar e que é impossível não me emocionar”, disse a atriz visivelmente emocionada.
Sofia Ribeiro descobriu a doença ao sentir “um caroço na seio” e achou que era um gânglio. Foi observar e oriente começou a fazer e a “aumentar bastante”, “a mudar de tamanho” e “de cor”, “a permanecer escuro”. A atriz consultou um médico, fez exames e uma biópsia, oferecido que “já tinha quase a certeza de que era um tumor maligno”.
“Quando chega o resultado é um tirar o soalho, é um abrir-se o soalho debaixo dos teus pés. Parece meio uma farra, parece um sonho, parece que não é verdade. Eu lembro-me de deixar de ouvir e só ver o meu médico mexer a boca, ficou sem som”, recordou, acrescentando que “foi um choque muito grande”.
Sofia Ribeiro revelou que “houve um momento em privado” em que temeu pela vida, porque as suas “defesas eram muito baixas” e estavam “fraca”. “A maior segmento do tempo eu estive sempre a crer que eu ia permanecer muito, mesmo nos momentos em que eu tinha os meus ataques de pranto e de tristeza”, garantiu.
“Passas no espelho e não te regulares, não te regulares, não sabes quem é aquela pessoa que está ali, não é? E de repente dá por você a pensar: ‘no limite, eu vou permanecer muito. E se permanecer muito, será que eu voltarei alguma vez para ser uma pessoa que eu sempre conheci?’. Mas depois paras e pensas: ‘não é zero disto que importa. Esta imagem que se reflete cá no espelho não é zero disto que importa. O que importa é tudo aquilo que eu ainda tenho para viver e que quero viver, todas as coisas que eu quero expressar às pessoas que senhoril e que por falta de coragem ou de tempo ou de ainda não ter essa capacidade de expressar não disse’” , refletiu.
“Passei a olhar para a minha imagem, para o meu corpo, porquê uma embalagem de tudo aquilo que eu sou, que é muito mais que isto que nós vemos”, disse, acrescentando que a sua luta contra o cancro durante “um ano” .