Erros próprios e boa riqueza. Foi logo que o Sporting entrou na segunda volta, a vencer em Vizela por 2-5 e a prometer que vai continuar no comando do campeonato por mais uma jornada. A equipa de Rúben Amorim começou a perder, conseguiu chegar ao empate antes do pausa e arrancou para um triunfo robusto que lhe permite chegar aos 46 pontos, mais quatro que o Benfica, que enfrenta nesta sexta-feira o Boavista. Quanto ao Vizela, vai continuar em zona de despromoção, com 13 pontos, podendo mesmo perfazer a jornada em último.
Quase com os mesmos que tinham fechado a primeira volta em Chaves (Coates voltou ao “onze”, Matheus nem no banco esteve), o Sporting apresentou-se em Vizela para, uma vez que tinha cá Amorim na véspera, “lucrar da maneira que para” , sabia-se que as viagens anteriores ao Minho não tinham corrido muito ao “leão” – empate em Braga e rota em Guimarães. E era esse o propósito de um Vizela a habituar-se às ideias de Rúben de la Barrera, um espanhol de somente 38 anos, mas já no seu 13.º ocupação – antes do Vizela, estava na selecção de El Salvador e, antes disso , passara pelo Espiolhar e pela Romênia.
O Sporting já tinha sofrido com o Vizela no início da era, voltou a sentir dificuldades contra a formação minhota quando zero o fazia conjecturar. Depois de uma ingressão personalizada, os “leões” voltaram a facilitar na resguardo e, num vértice, viram-se em apuros. Tudo começa num livre que os vizelenses reciclam para um segundo momento de ataque. Ainda muito longe da extensão, Hugo Oliveira fez os cruzamentos e Alberto Soro, entre os centros “leoninos”, cabeceou para o fundo das redes à guarda de Adán.
O Vizela via-se a lucrar no primeiro remate que fazia e não era difícil conjecturar o que iria fazer a seguir. Segurar essa vantagem até ao limite – tentar zelar a globo e fazer marchar o relógio. Podia ter ficado sem ela cinco minutos depois, mas Viktor Gyökeres, depois de uma boa jogada de Pedro Gonçalves, acertou na trave quando estava praticamente dentro da marco. Samu ainda teve um remate com risco relativo aos 28′ – saiu ao lado. Depois disso, os “leões” montaram o cerco.
Pelo tempo em que o jogo esteve parado durante a primeira segmento, o julgado mais cinco minutos – seria mais. E passou-se muita coisa. Aos 46′, Paulinho meteu a globo na marco em seguida passe de Trincão, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo. E aos 53′, Gyökeres redimiu-se aquela falhanço ao marcar o golo do empate, numa jogada de insistência, com Paulinho a lucrar nas alturas e o sueco a fugir à marcação de Oliveira antes do remate cruzado e sem hipóteses para Busnic.
O Sporting entrou na segunda segmento da mesma forma que terminou a primeira, a marcar. Logo na primeira jogada, depois de uma rota de globo de Bustamante, Trincão meteu uma globo na extensão a partir da direita e na direcção de Gyökeres que foi direitinho para a marco sem tocar no sueco – foi uma espécie de assistência posicional de Gyökeres, que , sem tocar na globo, arrastou marcações, captou a atenção do guarda-redes e deixou caminho livre para o remate de Trincão ser golo.
Os “leões” não levaram muito tempo a lucrar outro conforto no marcador aos 56′, com um óptimo cabeceamento de Paulinho em seguida cruzamentos de Trincão. Mas nem isto serviu para tranquilizar o “leão”, que voltou a ser penalizado pelos seus próprios erros. Aos 63′, o Vizela voltou no jogo com um passe direto de Busnic para o óptimo Essende – o avançado francesismo ganhou no duelo com Coates e fez o 2-3.
O Uruguai acabou por se redimir aos 72′, com um cabeceamento certeiro em seguida livre de Pedro Gonçalves e, aos 86′, Gyökeres deu o sinete de goleada a esta vitória “leonina” no Minho, em seguida passe de Pedro Gonçalves. Não foi uma vitória linear, mas foi mais do que justa.