Sven-Goran Eriksson, ex-treinador do Benfica e macróbio seleccionador inglês, revelou que tem um cancro terminal, numa entrevista à rádio sueca P1 referência pela Skynews. O técnico diz que os prognósticos apontam para uma esperança de vida a rondar os 12 meses, visto que o cancro no pâncreas não pode ser operado.
“Talvez tenha, na melhor das hipóteses, um ano de vida. Na pior das hipóteses, ainda menos. Ou, na melhor das hipóteses, suponho que ainda mais. Penso que os médicos não podem dar uma certeza absoluta quanto a isso”, afirma o técnico de 75 anos.
Um desmaio depois uma corrida de cinco quilômetros levou Eriksson ao hospital. Depois dos testes, foi provável perceber que o macróbio treinador do Benfica Sofia de cancro. “Isto veio do zero e é isso que me choca”.
Eriksson teve duas passagens pelo Benfica, somando cinco épocas ao comando das “águias”. Conseguiu um bicampeonato e ainda a sétima final da Taça dos Campeões Europeus na história do clube da Luz.
O treinador teve ainda uma curso de sucesso na Itália, com passagens pela Fiorentina, Sampdoria e Lázio. Foi uma vez que selecionador inglês, porém, que alcançou maior destaque. Comandou Beckham, Gigs, Scholes e muitas outras “lendas” durante cinco anos, atingindo por três vezes consecutivas os quartos-de-final das principais competições.
Já longínquo do futebol, Eriksson tenta agora não pensar muito sobre a doença terminal que o atinge. “Tens de enganar o teu cérebro. Podia pensar sobre isso todos os minutos, estar em moradia miserável a descobrir que sou azarado e afins”, acrescentou. “É fácil concluir nessa posição. Mas não, [tento] ver o lado positivo das coisas e não me enterro em contratempos, porque oriente é o maior de todos”.