Ó Sp. O Braga conquistou o terceiro troféu da Taça da Liga ao espancar o Estoril, em Leiria, sem perder por grandes derrotas (5-4) depois de um empate 1-1 na final do tempo regulamentar. Os canarinhos marcaram primeiro, mas os minhotos reagiram com força e chegaram ao empate com um grande gol de Ricardo Quintal. Isto nos primeiros vinte minutos, depois as duas equipas deixaram impelir o jogo até aos penáltis, onde o Estoril já tinha sido feliz diante do Benfica, mas, desta vez, foram os minhotos que fizeram a sarau.
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O jogo começou com uma grande sarau nas bancadas, mais efusiva da segmento dos amarelos, e alguma preocupação sobre o relvado, mais do lado dos minhotos. A equipe de Artur Jorge demonstrou, desde logo, assumir as rédeas do jogo, com também mostrou alguma desarticulação nas transições defensivas, primeiro com uma ingresso dura de Paulo Oliveira sobre Cassiano, a roçar o jogo perigoso, logo a seguir, numa falta de José Manadeira, na superfície, sobre o avançado brasílio. Num primeiro momento, Fábio Veríssimo mandou jogar, mas, depois de alertado pelo VAR, foi rever as imagens e eleito mesmo para a marca dos onze metros. Cassiano, com um remate sequioso e disposto, atirou a descrever.
Seis minutos e o Estoril estava na frente, com sarau redobrada nas bancadas. Ó Sp. Braga cerrou os dentes, arregaçou as mangas e partiu para cima dos canarinhos que encolheram, de repentino, para um 5x4x1. Os minhotos atacavam agora por todos os lados, principalmente pelos corredores, com Victor Gomez muito ativo sobre a direita a arrancar três cruzamentos num espaço de poucos minutos e, num deles, Abel Ruiz esteve muito perto de marcar. O Estoril não conseguiu reagir face ao volume crescente do jogo do Braga, em vagas sucessivas, mas foi de esfera paragem que o empate chegou aos 20 minutos. Quina de Zalazar da esquerda, esfera a meia profundeza, com Ricardo Quintal, de fora da superfície, a retirar o pé detrás para lançar um foguete genuíno para as redes de Dani Figueira. Um golaço de levantar o estádio e que também permitiu à equipe de Artur Jorge serenar.
Ó Sp. Braga manteve o controlo, mas manifestou o pé, permitindo ao Estoril respirar. O ritmo do jogo caiu aos olhos vistos, com as duas equipes agora mais equipadas na resguardo da sua superfície, menos preocupadas em incomodar o opositor. Com cinco amarelos até ao pausa (três para o Estoril, dois para o Braga), o jogo arrastou-se até ao pausa sem grandes sobressaltos.
Com mais posse de esfera, mais ataque e mais remates, o Sp. Braga terminou a primeira segmento com um ligeiro ascendente, mas a segunda começou com o Estoril a exigir protagonismo. Os canarinhos entraram para o segundo tempo com um conjunto muito subido, a colocar muitas dificuldades ao Braga que, estranhamente, recuou em toda a traço, cedendo muito espaço ao opositor. Podia ser uma estratégia de Artur Jorge, para atrair o opositor, mas a verdade é que os minhotos estavam a deixar jogar em restante e voltaram a recolher um novo susto, quando Matheus saiu da superfície para se antecipar a Thiago Araújo.
O treinador do Sp. Braga não podia estar satisfeito com o que estava a ver e não demorou a remodelar o meio-campo, com as entradas em simultâneo de Pizzi e Al Musrati, já depois de ter lançado Roger, que passou a ser o jogador mais jovem numa final da Taça da Liga, para o lugar do remoto Álvaro Djaló.
A verdade é que o jogo foi bastante incaracterístico, com as duas equipes a perderem facilmente a esfera, a fazerem muitas faltas e a jogarem futebol pouco. Uma tendência em crescendo, à medida que os minutos corriam para o final, com as duas equipes a arriscarem vivenda vez menos com os penáltis à vista e acusarem o esforço reunido de umas meias-finais exigentes.
O Estoril ainda ensaiou alguns remates de longe, primeiro por João Marques, depois por Koindredi, enquanto o Sp. O Braga só conseguiu provocar um calafrio na zona do Estoril aos 83 minutos, na sequência de uma irregularidade de Mangala que permitiu a Abel Ruiz servir Pizzi para um pontapé poderoso para boa resguardo de Dani Figueira.
O único desequilíbrio mais evidente não estava no relvado, mas nas bancadas, com os amarelos sempre em sarau, face à maior impassibilidade dos minhotos. No relvado mantinha-se uma enorme tensão, mas risco pouco, pouca ousadia e escassas oportunidades até ao minuto 96.
Na loteria das grandes deliberações, toda a gente marcou até à última série, em que Tiago Araújo atirou para as nuvens, deixou-se desabar sobre o relvado e abriu caminho para a sarau do Sp. Braga.