O Tribunal Superior de Londres determinou o refrigeração de bens e fundos de Isabel dos Santos, no valor de 670 milhões de euros, no contextura de um processo movido pela operadora de telecomunicações angolana Unitel. A filha de José Eduardo dos Santos — Presidente de Angola entre 1979 e 2017 — afirmou que esta gesto foi casual, visto que os bens já tinham sido congelados em Portugal e em Angola.
O juiz Robert Bright, responsável pelo processo, explicou por escrito que não aceitava que as outras ordens de prisão determinassem que “leste tribunal” não pudesse “conceder uma ordem suplementar”. Esta informação foi avançada pela Sky News, nesta quarta-feira.
Entre 2012 e 2013, enquanto administrava a Unitel, Isabel dos Santos autorizou empréstimos à holandesa Unitel International Holdings (UIH), para que a empresa adquirisse ações em empresas de telecomunicações. De concordância com a Unitel, em declarações à Sky News, há mais de 340 milhões de euros de empréstimos que ainda não foram pagos.
Segundo a Sky News, uma empresária afirmou estar a ser vítima de uma “campanha de vexação” criada por Angola. Isabel dos Santos acrescentou ainda que a Unitel é responsável por não ter conseguido restaurar o verba que a UIH deve, já que a Unitel interveio alegadamente na mortificação ilícita de bens da UIH concretizados por Angola.
Texto editado por Pedro Sales Dias