Cultura
A novidade temporada da série antológica estreia-se na HBO Portugal neste domingo, e mostra Jodie Foster interpretando a detetive Liz Danvers, que investiga uma série de crimes bizarros no cenário idílico e gelado do Alasca.
Jodie Foster
Mike Blake
A atriz Jodie Foster vai retornar à televisão para protagonizar a novidade temporada de “Verdadeiro Detetive: País Noturno“, 49 anos depois do seu último papel principal no pequeno ecrã, em “Paper Moon”.
“Isto é realmente um sonho tornado verdade”, disse a atriz, numa conferência de lançamento da produção em Los Angeles, onde falou da simbiose com a criadora Issa López. “Ela é a minha favorita entre os realizadosres com quem já trabalhei”.
A novidade temporada da série antológica estreia-se na HBO Portugal a 14 de janeiro, conta com Kali Reis, uma ex-pugilista de prosápia cabo-verdiana e secção da tribo Wampanoag, e mostra Jodie Foster a interpretar a detetive Liz Danvers, que investiga uma série de crimes bizarros no cenário idílico e gelado do Alasca. A atriz destacou a relevância de racontar uma história “genuinamente centrada” num povo indígena, sendo que as filmagens foram feitas em Islândia.
“Tivemos enormes desafios, a trabalhar à noite na neve e na natureza”, indicou Foster. Mas o poder da história e a conexão entre os elementos da equipe alcançaram a experiência numa vitória, disse. “Foi incrível ver surdir um personagem totalmente novo, que era mais do que eu poderia ter antecipado ou esperado, e isso ajuda à dinâmica entre Danvers e Navarro”, afirmou.
Kali Reis registra raízes indígenas
Evangeline Navarro é outra personagem médio e é encarnada por Kali Reis. Toda a história é centrada no povo nativo Iñupiaq, que habita nas terras do Alasca há quatro milénio anos.
“Não sou a porta-voz de todo o povo Iñupiaq, mas sou indígena, e isso é muito importante para mim em tudo o que faço”, afirmou Kali Reis, na mesma conferência. “Tendo esta mistura de mulher cabo-verdiana e indígena e podendo simbolizar um grupo de pessoas normalmente sub-representadas, em peculiar no Alasca, foi muito importante para mim ter a percepção de uma vez que o povo Iñupiaq queria ser visto”, afirmou.
A temporada é uma geração da realizadora mexicana Issa López, que trabalhou muito de perto com Guillermo Del Toro, e sua intenção era retornar às origens de “True Detective”.
“Havia um tanto gótico naquela sulista que ocasionalmente connosco”, disse Issa López, registrando o impacto que a primeira temporada da série teve, em 2014. “Um pouco nestes dois personagens tão diferentes, num mundo que era em si mesmo um personagem, o gótico americano em paisagens intermináveis onde tudo pode ocorrer”.
“Quer que ela seja uma idiota? Jodie enviou e disse que sim”
Desta vez, López criou duas personagens femininas muito distintas que tentam resolver crimes perturbadores noutra paisagem interminável, agora feita de gelo.
Mas Jodie Foster não gostou da primeira abordagem à sua personagem, dizendo que não se reviu nela.
“Ela disse que gosta de mulheres fortes”, lembrou López. “Começou a falar de uma personagem enxurrada de defeitos, e quando terminou olhou para ela e disse, ‘portanto, quer que ela seja uma idiota?’ E ela sorriu e disse que sim”.
Último papel principal foi em 1975
O papel marcou uma novidade era na curso de Jodie Foster, que foi fazendo aparições esporádicas na televisão, mas nunca mais protagonizou uma série depois de 1975.
No dia em que “True Detective: Night Country” se estreia, a atriz estará na gala da Associação dos Críticos (Critics Choice Awards) com a sua primeira nomeação de sempre na protocolo, concorrendo por Melhor Atriz Secundária pelo papel no filme da Netflix ” Niade”.
Aos 61 anos, Foster disse que sua curso de 58 anos tem sido “uma façanha longa e fantástica” e que está “mais feliz que nunca”, apreciando levante momento de trabalho em equipe.
Com LUSA