Março 22, 2025
Um ataque israelense ao programa de armas nucleares do Irã é improvável – eis o porquê

Um ataque israelense ao programa de armas nucleares do Irã é improvável – eis o porquê

Continue apos a publicidade

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu retaliar contra o Irão pelo ataque distraído sem precedentes de 13 de Abril. Ele deixou evidente que “tomaremos as nossas próprias decisões e o Estado de Israel fará tudo o que for necessário para se proteger”. ”.

O ataque do Irão envolveu tapume de 170 drones, mais de 30 mísseis de cruzeiro e mais de 120 mísseis balísticos, todos dirigidos contra Israel e as Colinas de Golã ocupadas por Israel. O ataque foi lançado em retaliação ao ataque de Israel em 1º de abril contra a embaixada iraniana em Damasco, na Síria, que matou dois importantes líderes militares do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC).

O momento, a graduação e a natureza da resposta de Israel continuam por instaurar. Mas foram discutidas várias opções, incluindo qualquer tipo de ataque contra o programa de armas nucleares do Irão.

Israel já atacou o programa nuclear do Irão antes. Assassinou vários cientistas nucleares ao longo dos anos e lançou vários ataques às instalações nucleares do país. Os ataques físicos assumiram a forma de ataques de drones e ataques de comandos, incluindo um em Janeiro de 2018 a uma instalação em Teerão, no qual agentes da Mossad roubaram um grande número de documentos confidenciais que, segundo Netanyahu, provavam que o Irão estava a prosseguir um programa de armas nucleares.

Continue após a publicidade

Em Abril de 2021, o Irão acusou Israel de orquestrar uma explosão na sua principal instalação de enriquecimento de urânio em Natanz, resultando em danos substanciais nas suas centrífugas. Leste foi o segundo incidente em um ano envolvendo uma misteriosa explosão no sítio. Israel não confirmou nem negou o seu envolvimento em nenhum dos ataques.

Acredita-se também que Israel tenha organizado uma série de ataques cibernéticos ao programa nuclear do Irão, principalmente em Junho de 2010, com a introdução do malware informático Stuxnet nas instalações nucleares iranianas. Acredita-se que tenha sido criado através da colaboração entre a perceptibilidade dos EUA e de Israel, o malware Stuxnet foi concebido para perturbar gravemente as operações de centrífugas em Natanz e pensa-se que tenha moroso em anos o programa de armas nucleares do Irão.

A história das armas nucleares do Irã

A situação do programa de armas nucleares do Irão permanece incerta. O país desenvolveu um programa nuclear social sob o falecido Xá e, em 1970, ratificou o Tratado de Não Proliferação Nuclear, comprometendo-se a não possuir nem desenvolver armas nucleares.

Mas no final da dez de 1980, o Irão iniciou um programa furtivo de enriquecimento de urânio, adquirindo equipamento e materiais essenciais do Paquistão e da China. Durante o final da dez de 1990 e início da dez de 2000, o Irão prosseguiu um projecto secreto de desenvolvimento de armas nucleares, publicado uma vez que Projecto Amad.

Continue após a publicidade
Mapa do programa de armas nucleares do Irã em junho de 2012.
Programa de armas nucleares do Irã em junho de 2012.
Sémhur/Wikimedia Commons, CC BY-NC-SA

Pensa-se que o trabalho neste projecto foi interrompido em 2003, posteriormente a invasão do Iraque pelos EUA. Mas pensa-se que nessa fundura o Irão tinha capacidade para edificar um dispositivo nuclear pequeno e bastante rudimentar.

Muito do que sabemos sobre o desenvolvimento do programa de armas nucleares do Irão provém do ataque da Mossad em 2018. Isto revelou que o trabalho no desenvolvimento de armas não foi totalmente interrompido e que o Irão continuou a trabalhar na melhoria da sua capacidade de armas nucleares.

Os EUA responderam ao longo dos anos aplicando sanções cada vez mais severas destinadas a dissuadir o Irão de prosseguir o seu programa. Ao mesmo tempo, as negociações paralelas continuaram, resultando no Projecto de Gesto Conjunto Global (JCPOA) assinado pelo Irão e pelo P5+1 (os cinco membros permanentes do Recomendação de Segurança da ONU – China, França, Rússia, EUA e Reino Uno –). mais Alemanha).

Em troca do conforto das sanções, o Irão concordou em reduzir o seu programa de enriquecimento de urânio para um nível insuficiente para a construção de ogivas nucleares. Limitava-se ao enriquecimento de urânio até 3,67%, nível adequado à robustez nuclear social e à investigação científica, e todas as instalações estavam sujeitas a inspecção pela Filial Internacional de Força Atómica. As restrições vigorariam por 15 anos.

Continue após a publicidade
Continue após a publicidade

Em maio de 2018, a gestão Trump abandonou o JCPOA. O Irão respondeu reenergizando o seu programa de armas. De convénio com um relatório de investigação realizado na Livraria da Câmara dos Comuns, pensa-se agora que o país excedeu o limite acordado para o seu stock de urânio por um factor de 18 vezes e elevou as suas operações de enriquecimento para 60%.

Retomou as operações em instalações nucleares anteriormente proibidas pelos termos do convénio e, desde fevereiro de 2021, impediu a Filial Internacional de Força Atómica (AIEA) de monitorizar eficazmente as suas instalações nucleares.

Será que uma “petardo” iraniana pode ser evitada?

De convénio com um relatório da Associação de Controlo de Armas em Washington, o programa nuclear do Irão está agora excessivo avançado e amplamente distribuído para ser efectivamente anulado por uma gesto militar. Há várias razões para isso.

Em primeiro lugar, o Irão possui a experiência necessária para desenvolver armas nucleares, que não podem ser erradicadas através de bombardeamentos. Embora visar instalações iranianas pudesse prejudicar temporariamente o programa, quaisquer contratempos seriam provavelmente de curta duração.

Continue após a publicidade
Os enlutados iranianos carregam faixas dos sete membros do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) que foram mortos no ataque aéreo de Israel em 1º de abril contra a embaixada do Irã na Síria.
Pessoas iranianas marcham no funeral dos sete membros do IRGC mortos no ataque distraído de Israel em 1º de abril à embaixada do Irã na Síria.
EPA-EFE/Abedin Taherkenareh

Destruir as instalações nucleares do Irão em Natanz seria forçoso, mas o entrada a essas instalações exigiria um número significativo de ataques aéreos que penetrassem profundamente no território iraniano, contornando ou dominando os seus sistemas de resguardo aérea.

Nos últimos anos, o Irão fortificou as suas instalações em Natanz, construindo túneis profundos para evitar ataques aéreos. Mesmo que esta instalação fosse danificada, pensa-se que o Irão seria capaz de a reconstituir rapidamente – mormente porque vários elementos, incluindo as centrífugas de urânio, podem já ter sido transferidos para locais desconhecidos.

Assim, um esforço para destruir o programa nuclear do Irão exigiria um ataque militar em grande graduação. Isto certamente provocaria uma resposta militar de Teerão, e é provável que persuadirá ainda mais a República Islâmica da premência de açodar os seus esforços para comprar a sua própria dissuasão nuclear madura.

Num tal cenário, o Irão também poderá optar por retirar-se do tratado de não-proliferação nuclear, eliminando qualquer obrigação de inspecções por secção da AIEA.

Continue após a publicidade

Por todas estas razões, o velho primeiro-ministro israelita Ehud Olmert – um crítico regular de Netanyahu – disse recentemente: “Israel pode fazer muito para danificar a infra-estrutura do Irão, mas Israel não tem meios para ser capaz de destruir o programa nuclear do Irão”.

Fonte

Continue após a publicidade

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *