Março 24, 2025
Yellowstone: ótima série com Kevin Costner foi adotada pela extrema-direita

Yellowstone: ótima série com Kevin Costner foi adotada pela extrema-direita

Continue apos a publicidade

A série “Pedra amarela”, de Taylor Sheridanque tem Kevin Costner porquê produtor executivo e ator principal, chegou ao Brasil, na Netflix, no dia 15 de janeiro e, em menos de duas semanas, virou a mais assistida da plataforma.

Nos EUA o impacto é ainda maior. Uma saga da família Dutton está no ar desde 2018 e teve, segundo dados da Nielsen, média de 11,5 milhões de espectadores por incidente no biênio 2022/2023.

Pra se ter uma teoria, “Succession”, outro grande sucesso, teve porquê audiência recorde 2,9 milhões de espectadores no dia da exibição de seu último incidente – segundos dados da HBO (através da O jornal New York Times).

As duas têm em generalidade tratarem de famílias ricas, muito ricas. Enquanto “Succession” conta a história da família Roy, dona de um poderoso conglomerado de notícia, “Yellowstone” trata de uma família em uma rancho enorme que dá nome à série. Para os padrões americanos, trata-se de um latifúndio.

Continue após a publicidade

John Dutton (Kevin Costner) é o patriarca. Extremamente dominador e capaz de qualquer coisa para manter suas terras – e cá é bom evidenciar que o ‘qualquer coisa’ não é figura de linguagem – o personagem só consegue manifestar afeto de verdade pelo neto. Todos os outros que o circundam são peças do seu tabuleiro de guerra, inclusive os filhos.

Dutton disputa o poder com outros proprietários de terreno, indígenas extremamente organizados e endinheirados e grandes conglomerados econômicos e seus projetos mirabolantes de resorts, cassinos e estações de esqui.

Faroeste contemporâneo

Tudo, ou quase tudo, se resolve na projéctil, no tapa e na grana. “Yellowstone” é hum faroeste contemporâneo com caminhos modernos, helicópteros, cavalos de raça, jogos de poder político e econômico. John Dutton, o personagem de Costner, é, ao mesmo tempo, terrível e carismático. Impossível não odiar e amar a figura simultaneamente. O mesmo ocorre com sua esplendorosa propriedade no estado de Montana que, diga-se de passagem, está disponível para hospedagem.

Continue após a publicidade

Tudo é lindo e largo. O dia a dia dos cowboys, o trabalho escoltado de perto desde o alojamento até os detalhes de porquê mourejar com o rebanho e os animais, os romances e a vida cotidiana, tudo é feérico.

Continue após a publicidade

“Conservadora”

O resultado é que John Dutton, além de virar um sucesso enorme, acabou sendo adotado pela extrema-direita. Republicanos e trumpistas veneram seus métodos e sua forma de vida. Por outro lado, o instituidor da série Taylor Sheridan, responde às críticas sobre a produção ser conservadora com um visível espanto: “quem diz isso nunca assistiu à série”.

“Eu fico tipo, ‘sério?’ O programa fala sobre a transmigração dos nativos americanos e a maneira porquê as mulheres nativas americanas foram tratadas e sobre a ganância corporativa e a gentrificação do poente e a apropriação de terras. Isso é uma série vermelha? [em referência ao partido Republicano dos EUA]”, disse ele ao The Atlantic.

Sheridan tem razão. O apreciador John Dutton corrobora com seus princípios, que não são nem um pouco auspiciosos. Mas é impossível não amar Kevin Costner e seus filhos, principalmente Kelly Reilly no papel de Beth Dutton, a filha alcoólico e desmiolada e, ao mesmo tempo, a mais confiável do clã.

Seja lá para que lado pende a ideologia do testemunha, “Yellowstone” traz uma visão magnífica e real da disputa agrária nos EUA. É uma lição de porquê sopram os ventos da América para longe (ainda) dos grandes centros urbanos industrializados. Trata de um mundo brutal em extinção que insiste em se transformar em um pouco ainda pior

Continue após a publicidade

Fonte

Continue após a publicidade

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *