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Miami, 17 out (EFE).- O ex-chefe do Governo espanhol José María Aznar destacou esta quinta-feira em Miami (EUA) que depois do “golpe de Estado” ocorrido na Venezuela, após as eleições presidenciais de 28 de julho, A comunidade internacional ainda tem “uma reação proporcional ao desafio e ao crime que está sendo perpetrado” naquele país.
O ex-presidente Aznar (1996-2004) destacou que o que está acontecendo no país latino-americano está muito claro há muito tempo e “não querer ver é neste momento mais do que suspeito”. “Qualquer cegueira intencional sobre o golpe de Estado perpetrado pelo (presidente venezuelano Nicolás) Maduro é cúmplice do seu ataque a essa democracia”, acrescentou.
Ao inaugurar hoje em Miami, no sudeste da Florida (EUA), o IX Diálogo Presidencial, fórum anual que reúne antigos chefes de Estado de Espanha e das Américas, Aznar sublinhou que na Venezuela “a perseguição e a violência multiplicaram-se, tal como também desencadeou uma migração desenfreada que ameaça a estabilidade e a segurança em toda a região.
Aznar lembrou que o Carter Center, organização autorizada pelo Governo venezuelano para supervisionar o processo eleitoral de 28 de julho, concluiu que o candidato da maioria da oposição, Edmundo González Urrutia, foi o “vencedor muito claro”; No entanto, as autoridades eleitorais venezuelanas declararam Maduro o vencedor, o que deu origem a numerosos protestos no país.
“Hoje as mortes nos protestos são às dezenas, as detenções arbitrárias superam as piores estimativas”, lamentou o antigo líder do executivo espanhol.
A crise que eclodiu após as eleições de 28 de julho motivou um êxodo significativo de venezuelanos, conforme confirmado pelo ACNUR, a agência da ONU para refugiados, que estima que entre 29 de julho e 5 de agosto, a migração para o Brasil aumentou sete vezes numa semana, de 50 pessoas por dia para 353.
“A violenta armadilha de Maduro no poder pode gerar um processo de desestabilização regional com consequências imprevisíveis”, disse Aznar, que destacou o êxodo de quase 8 milhões de venezuelanos que desencadeou uma “crise migratória” em todo o continente americano.
O antigo chefe do Governo espanhol lamentou que Maduro “não enfrente uma resposta internacional relevante e eficaz”, apesar, por exemplo, da ordem de saída imediata de todo o pessoal diplomático do Chile, Argentina, Costa Rica, Peru, Panamá e do República Dominicana e Uruguai.
Para enfrentar os enormes fluxos migratórios dos venezuelanos “é aconselhável desenhar projetos de integração que sejam ambiciosos e generosos”, acrescentou.
O nono fórum de Diálogo Presidencial, organizado pelo grupo IDEA e Miami Dade College (MDC), tem como ponto de partida este ano o tema ‘Democracia cidadã e migração: Venezuela e 28 de julho’ e acontece no campus Wolfson daquela universidade. centro.
(c) Agencia EFE
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