Setembro 19, 2024
A ONU denuncia que a repressão chavista foi endurecida após as eleições
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A ONU denuncia que a repressão chavista foi endurecida após as eleições #ÚltimasNotícias #Venezuela

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CARACAS.- O Estado Venezuelano intensificou o seu aparato repressivo e reativou “uma modalidade mais dura e violenta” contra opositores ou dissidentes após as eleições presidenciais de julhodisse a Missão de Investigação das Nações Unidas (ONU) sobre violações dos direitos humanos, num relatório divulgado na terça-feira.

A missão afirma no documento que as autoridades venezuelanas realizaram “consciente e planejado” ações para desmantelar e desmobilizar a oposição, para inibir a divulgação de informações independentes e opiniões críticas, bem como para prevenir protestos pacíficos.

“Estamos testemunhando uma intensificação do aparato repressivo do Estado em resposta ao que ele considera crítica, oposição ou dissidência”, disse ele Marta Valiñaspresidente da Missão de Apuração de Fatos, citado em comunicado de imprensa.

As autoridades eleitorais e o mais alto tribunal da Venezuela disseram que o presidente Nicolás Maduro venceu as eleições, sem divulgar todos os registros de votação. Entretanto, a oposição afirmou que as suas recontagens mostrar uma vitória para Edmundo Gonzálezque este mês solicitou asilo político em Espanha, após a emissão de um mandado de detenção contra ele.

Após as eleições, foram registados protestos em que se registaram 25 mortes, segundo organizações não governamentais, e 2.400 detidos, segundo porta-vozes oficiais.

Além disso, a Missão obteve informações sobre a prisão de 158 menores (130 meninos e 28 meninas) após os protestos, foram acusados ​​de crimes graves como o terrorismo. De acordo com as informações recebidas, alguns têm deficiências– e algumas raparigas que foram sujeitas a “assédio sexual durante a sua prisão”.

“O protesto contra os resultados eleitorais anunciados pelas autoridades e A resposta repressiva do Estado marcou um novo marco na deterioração do Estado de direito. Os principais poderes públicos abandonaram toda aparência de independência e submeteram-se abertamente ao Executivo”, afirmou a missão independente das Nações Unidas.

Um policial de choque usa gás lacrimogêneo contra manifestantes durante um protesto de oponentes do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro no bairro de Catia, em Caracas, em 29 de julho de 2024, um dia após as eleições presidenciais venezuelanas.Um policial de choque usa gás lacrimogêneo contra manifestantes durante um protesto de oponentes do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro no bairro de Catia, em Caracas, em 29 de julho de 2024, um dia após as eleições presidenciais venezuelanas.

Um policial de choque usa gás lacrimogêneo contra manifestantes durante um protesto de oponentes do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro no bairro de Catia, em Caracas, em 29 de julho de 2024, um dia após as eleições presidenciais venezuelanas. – Créditos: @YURI CORTEZ

O relatório observou que a “repressão” das manifestações gerou “um clima de medo geral na população” e também faz parte de uma política para “silenciar, desencorajar e anular a oposição”.

Além disso, intensificaram-se as detenções arbitrárias, os desaparecimentos forçados, a tortura e os tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes, incluindo a violência sexual e de género.

O governo de Maduro culpou a oposição pelas mortes nos protestos e convocou os manifestantes “extremistas” e “fascistas”.

A missão disse que 24 das 25 mortes foram causadas por ferimentos à bala, a maioria no pescoço.

Mencionou que as detenções no âmbito do uma operação chamada “Tun Tun” -que bate às portas das casas de opositores ou dissidentes- afetou cidadãos comuns de bairros pobres.

Membros do esquadrão de choque da Guarda Nacional afastam-se do gás lacrimogêneo no bairro de Chacao enquanto opositores do presidente venezuelano Nicolás Maduro participam de uma manifestação, em Caracas, em 30 de julho de 2024. Membros do esquadrão de choque da Guarda Nacional afastam-se do gás lacrimogêneo no bairro de Chacao enquanto oponentes do presidente venezuelano Nicolás Maduro participam de uma manifestação em Caracas, em 30 de julho de 2024.

Membros do esquadrão de choque da Guarda Nacional se afastam do gás lacrimogêneo no bairro de Chacao enquanto oponentes do presidente venezuelano Nicolás Maduro participam de uma manifestação, em Caracas, em 30 de julho de 2024. – Créditos: @JUAN CALERO

Segundo o relatório, as alegações de “desaparecimentos forçados” não observados desde 2019, bem como relatos de tratamento cruel e tortura.

“Os métodos de tortura utilizados nos casos investigados incluíam socos; espancamentos com pranchas de madeira ou bastões envoltos em espuma e choques elétricos, inclusive nos órgãos genitais; Outros métodos registrados foram asfixia com sacos plásticos, imersão em água fria e privação de sono por iluminação e/ou música alta 24 horas por dia“, leu Patrícia Tappatá, uma das integrantes da Missão.

O relatório recomendou ao governo que investigasse o “uso abusivo” de força letal pelas forças de segurança e a participação de civis armados nos protestos.

O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas criou a missão de averiguação sobre a Venezuela em 2019, cujo mandato foi prorrogado até setembro deste ano. Os três membros são Patrícia Tappatáespecialista argentino, Marta Valiñaspresidente da Missão, e Francisco Cox, especialista chileno.

A missão concluiu que algumas das violações investigadas poderiam constituem crimes contra a humanidade.

Agências AP, AFP e Reuters

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