Setembro 20, 2024
A oposição venezuelana luta para manter vivo o protesto enquanto se aprofunda a “feroz repressão” do chavista
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A oposição venezuelana luta para manter vivo o protesto enquanto se aprofunda a “feroz repressão” do chavista #ÚltimasNotícias #Venezuela

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CARACAS.– A Venezuela sitiada enfrenta seu terceira semana de resistência depois da megafraude eleitoral de 28 de julho passado denunciada pela oposição. E ele faz isso no meio do repressão chavistatão selvagem que provocou a reação dos principais grupos de defesa dos direitos humanos no mundo.

“Estamos monitorando ativamente os acontecimentos atuais e recebemos vários relatos de violência e outras alegações após as eleições presidenciais”disse o gabinete de Karim Khan, promotor do Tribunal Penal Internacional (CPI), que já investiga Maduro, os seus generais e outros líderes revolucionários por execuções extrajudiciais, tortura, violações sexuais, detenções arbitrárias e desaparecimentos forçados.

A Missão Internacional Independente de Apuração de Fatos das Nações Unidas sobre a Venezuela também exigiu que “o governo pare imediatamente a repressão e investigue exaustivamente as violações dos direitos humanos que estão chocando o país”. A missão, presidida por Marta Valiñas, descreveu o que aconteceu como “feroz repressão por parte da máquina do Estado, dirigida pelas suas mais altas autoridades”para criar um clima de medo geral.

O presidente venezuelano Nicolás Maduro durante reunião do Conselho de Defesa Nacional, em Caracas, Venezuela, em 12 de agosto de 2024. O presidente venezuelano Nicolás Maduro durante reunião do Conselho de Defesa Nacional, em Caracas, Venezuela, em 12 de agosto de 2024.

Presidente venezuelano Nicolás Maduro durante reunião do Conselho de Defesa da Nação, em Caracas, Venezuela, em 12 de agosto de 2024. – Créditos: @[e]Presidência da Venezuela

“Os responsáveis ​​devem ser responsabilizados”disse Valiñas, que também destacou a prisão de pelo menos 1.260 pessoas, “entre elas 160 mulheres e 100 crianças e adolescentes”. A missão da ONU detalha as diferentes violações: audiências sumárias por vídeo em tribunais antiterroristas em Caracas, acusações de crimes graves sem base probatória, negação de informações a familiares e impedimentos à nomeação de advogados de confiança.

A missão identificou entre os detidos líderes, simpatizantes, jornalistas, activistas de direitos humanos e “a grande maioria, pessoas detidas simplesmente pela sua rejeição do resultado anunciado. “Eles procuraram seletivamente muitos deles em suas casas.”

A realidade sobre 25 mortes Também é muito diferente do apresentado pelo governo, que acusa opositores pelas mortes: 22 são cidadãos, na sua maioria jovens, que foram baleados por grupos paramilitares, guardas nacionais e políciae um que morreu após dias de agonia devido aos espancamentos recebidos pelos agentes; Os outros dois são militares, um guarda que segundo testemunhas oculares foi atingido por um impacto paramilitar durante o massacre de Maracay (seis mortos) e outro cujos dados são desconhecidos.

O ataque do poder bolivariano forçou os líderes a procurar refúgio durante estes dias, incluindo Maria Corina Machado. Mas a líder da oposição continua a lutar, como demonstrou ao convocar um protesto global no sábado para que a verdade sobre o que aconteceu na Venezuela seja conhecida.

A líder da oposição venezuelana María Corina Machado, em Caracas. (Federico PARRA/AFP)A líder da oposição venezuelana María Corina Machado, em Caracas. (Federico PARRA/AFP)

A líder da oposição venezuelana María Corina Machado, em Caracas. (Federico PARRA/AFP) – Créditos: @FEDERICO PARRA

“Maduro optou por se entrincheirar no alto comando militar, é isso que lhe resta”disse Machado, contra quem o Ministério Público abriu uma investigação criminal por “incitação de policiais e militares” à desobediência civil.

“Até dia 17, passe adiante!”, insistiu o candidato Edmundo González Urrutia. A oposição pretende cobrir os protestos com os registos eleitorais, que o governo se recusa a tornar públicos para esconder a sua derrota, mas que a oposição mantém na web.

O presidente reagiu com raiva contra o novo protesto da oposição. “Onde está Edmundo González, onde ele está escondido? Por que você foge, por que você está com medo? Onde está o maior fascista, Machado, que ordena assassinatos e matanças, prepara comandos e acredita que com o apoio de Elon Musk atacará o poder político?

“A Venezuela está hoje num ponto de ruptura. Estamos perante a possibilidade sombria de Maduro estabelecer o totalitarismo soviético ou de conseguirmos abrir as portas de uma transição para a democracia. Machado e González administraram o impulso com a cautela que merece, estão recalibrando forças”, explicou o cientista político Walter Molina à nação.

As negociações internacionais não refletem grandes progressos: O México decidiu aceitar a decisão final da Suprema Corte, preparada para ratificar Maduro, enquanto o Brasil flerta com um segundo turno presidencial para resolver o impasse. Os Estados Unidos esgotam diferentes caminhos nos seus diálogos secretos com Caracas, embora neguem ter oferecido anistia a Maduro.

“Esse vazamento sobre os cenários que o governo Biden está administrando buscaria garantir que a oferta chegue aos setores médios que não têm maior influência nas decisões do regime chavista/madurista, mas cujo impacto seria significativo dentro da coalizão”, disse ele ao LA NACION María Puerta, professora de Ciência Política na Flórida.

“Para o Nomenclatura chavista Uma ponte de prata muito generosa está a ser concedida para aliviar os custos de saída. Em contrapartida, o que resta é aumentar os custos de permanência e isso só será possível com uma pressão significativa dentro e fora do país. Para lá vão Machado e González Urrutia, mas também a comunidade internacional, incluindo o TPI, que se manifestou”, concluiu Molina.

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