A Procuradoria da Venezuela analisará 225 casos de detidos em protestos pós-eleitorais #ÚltimasNotícias #Venezuela

(CNN Espanhol) – O Ministério Público da Venezuela vai rever as medidas impostas a 225 pessoas detidas durante os protestos após as polémicas eleições de 28 de julho, informou o procurador-geral, Tarek William Saab, sem especificar quais as medidas que poderão mudar.

“Esta ação, que tem como centro o reagrupamento familiar, consolida o compromisso das instituições venezuelanas com a paz, a justiça e os direitos humanos”, explicou esta sexta-feira em conferência de imprensa. Acrescentou que a decisão foi tomada após “investigações exaustivas baseadas em novos indícios e elementos probatórios”.

Foro Penal afirma que mais de 1.600 pessoas permanecem detidas após as eleições na Venezuela, incluindo algumas com deficiências e doenças

Saab acrescentou que durante estas manifestações morreram 28 pessoas e quase 200 ficaram feridas, e que 500 propriedades públicas e privadas foram destruídas.

Na segunda-feira, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apelou ao procurador e aos juízes do país para “retificar e rever” os casos de detidos em que possa ter havido “algum tipo de erro processual”.

Na terça-feira, familiares dos detidos deslocaram-se ao Ministério Público para uma reunião com o procurador na qual, segundo disseram mães dos detidos à CNN, foi levantada a possibilidade de estabelecimento de medidas cautelares ou arquivamento do caso.

A organização não governamental Foro Penal Venezolano apresentou esta quinta-feira um balanço das pessoas que considera detidas por motivos políticos no país, no qual indica que o número ascende a 1.976, das quais diz que 1.671 permanecem detidas num total de 1.848 que foram detidos após as últimas eleições presidenciais, quando milhares de pessoas saíram às ruas para rejeitar o anúncio do Conselho Nacional Eleitoral, que proclamou Maduro vencedor sem apresentar provas técnicas. O presidente acusou então os manifestantes de quererem atear fogo nas ruas e garantiu que 2.500 pessoas foram presas.

Com informações de Osmary Hernández, da CNN

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