Setembro 20, 2024
A repressão na Venezuela deve parar, diz missão de especialistas independentes
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A repressão na Venezuela deve parar, diz missão de especialistas independentes #ÚltimasNotícias #Venezuela

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Após as eleições presidenciais de 28 de julho na Venezuela, nas quais as autoridades eleitorais declararam vencedor o atual presidente Nicolás Maduro, uma série de mobilizações de protesto, tanto nas ruas de todo o país como nas redes sociaisao qual o Governo respondeu com repressão, segundo a Missão de Inquérito naquele país*nomeado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU.

A Missão, composta por especialistas independentes, emitiu comunicado esta segunda-feira exigindo às autoridades venezuelanas que parem imediatamente com a repressão e “investigar exaustivamente a avalanche de graves violações dos direitos humanos que estão a ocorrer”.

Segundo os especialistas, o Estado criou um clima de medo generalizado que levou a 23 mortes documentadas entre 28 de julho e 8 de agosto, a maioria por disparos de arma de fogo. Em 18 casos, as vítimas eram homens com menos de 30 anos.

A presidente da Missão, Marta Valiñas, disse que as reclamações deveria ser investigado e que, se for confirmado o abuso da força por parte das forças de segurança ou de civis armados pró-governo, deve haver responsabilidade.

As vítimas e suas famílias devem obter justiça”, observou.

Preso por rejeitar o resultado da eleição

Os dados dos peritos, obtidos a partir da análise de relatórios de organizações de direitos humanos, indicam que após as eleições foram detidos. pelo menos 1260 pessoasincluindo 160 mulheres.

A maior parte das prisões ocorreu no Distrito Capital, 18%; seguidos pelos estados de Carabobo, 16%; e Anzoátegui, 9%.

Os números fornecidos pela Procuradoria-Geral da República aumentam ainda mais o valor quando se reporta 2.200 detidos indiscriminadamentecom a qualificação de “terroristas”.

Entre os detidos estão dirigentes, membros e simpatizantes de partidos políticos, jornalistas e defensores dos direitos humanos, considerados ou percebidos como oponentes pelas autoridades.

Os peritos argumentaram que a grande maioria das pessoas detidas simplesmente expressou a sua rejeição ao resultado das eleições presidenciais anunciadas pelas autoridades e detalharam que muitas delas As prisões ocorreram depois que essas pessoas participaram de protestos ou manifestaram a sua opinião nas redes sociais, quando as autoridades foram procurá-los nas suas casas.

Crianças cobradas

Além disso, relataram ter denúncias de prisões de mais de cem meninos, meninas e adolescentes acusados ​​dos mesmos crimes graves que os adultos. Esses menores não contam com a presença dos pais, mães ou responsáveis ​​durante o processo judicial.

“A Missão exige firmemente a obrigação de garantir que crianças e adolescentes detidos sejam tratados em estrita conformidade com os padrões internacionais da proteção das crianças, respeitando os seus melhores interesses”, declarou Francisco Cox, membro do grupo.

Prisões arbitrárias

Os especialistas sustentaram que as características das detenções indicam que se trata de detenções arbitrárias e que violar o devido processo, deixando os afetados desprotegidos perante o sistema de justiça.

Apoiaram esta afirmação citando audiências telemáticas sumárias, realizadas pelos Tribunais com jurisdição sobre terrorismo em Caracas, embora os fatos tenham ocorrido em outros lugares; a imputação de acusações criminais graves, como terrorismo, conspiração e crimes de ódio, sem base probatória fundamentada ou aplicadas de forma desproporcional; negação de informações a familiares ou informações tardias e incompletas; ou os impedimentos à nomeação de advogados de confiança para os detidos.

Neste sentido, a Missão enfatizou que Todas as pessoas detidas nestas condições devem ser libertadas imediatamente.

As autoridades têm de respeitar irrestritamente as normas internacionais sobre o devido processo e as condições de detenção, utilizando canais formais para comunicar com os familiares”, sublinhou Patricia Tappatá, outro dos membros.

*Em Setembro de 2019, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas criou a Missão Internacional Independente de Apuração de Factos sobre a República Bolivariana da Venezuela através do resolución 42/25 durante um ano para avaliar alegadas violações dos direitos humanos cometidas desde 2014. O Conselho de Direitos Humanos, através de resoluções 45/20 e 51/29prorrogou o mandato da Missão Internacional por mais dois anos, até setembro de 2024. A Missão apresentará o seu próximo relatório anual durante o diálogo interactivo do Conselho em Setembro.

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