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O espanhol José Borrellalto representante para a Política Externa da União Europeia (UE), declarou esta sexta-feira que o UE não reconhece “legitimidade democrática” do regime Nicolás Maduro na Venezuela, argumentando que o venezuelano ganhou as eleições sem provar isso.
Durante uma conferência de imprensa em Madrid, Borrell explicou que a UE não tem o poder de reconhecer governos ou Estados, uma vez que esse poder corresponde aos Estados-membros. No entanto, sublinhou que a UE pode valorizar a legitimidade democrática daqueles que exercem o poder, destacando o controlo territorial e instituições-chave como o exército e a polícia.
O espanhol sublinhou que antes e depois das últimas eleições, a situação de controlo na Venezuela continua nas mãos de Maduro. Apesar deste controle, ele acrescentou que Maduro não pode reivindicar legitimidade democrática sobre o poder que exerce.
Estas declarações de Borrell responderam à proposta do Grupo do Partido Popular Europeu (PPE) no Parlamento Europeu, que instou os Estados-Membros a reconhecerem a oposição Edmundo González Urrutia como presidente “legítimo e democraticamente eleito” da Venezuela.
Também reconhece María Corina Machado como líder das forças democráticas na Venezuela, já que “foi eleita nas primárias da Plataforma Unitária em 2023 com 92,35% dos votos”.
O PPE propôs também que fossem feitos todos os possíveis para González Urrutia assumir a presidência em 10 de janeiro de 2025. Esta iniciativa será apresentada como uma resolução que o Parlamento Europeu debaterá na terça e votará nesta quinta.
O grupo presidido pelo alemão Manfred Weber pede também numa proposta de resolução sobre a Venezuela, hoje registada, que “a UE e os seus Estados-membros solicitem um mandado de prisão internacional contra Nicolás Maduro por crimes contra a humanidade por todas as graves violações dos direitos humanos que cometeu.”
A proposta condena “nos termos mais veementes possíveis os assassinatos, perseguições, violações e detenções contra a oposição democrática ao regime e ao povo venezuelano; exige a libertação imediata e incondicional de todas as pessoas detidas política e arbitrariamente, especialmente os menores.”
Da mesma forma, a resolução apela a sanções específicas dirigidas a Maduro, ao seu círculo íntimo e a todos os responsáveis pelas violações dos direitos humanos na Venezuela.
Borrell afirmou que este tipo de reconhecimento pode ter valor simbólico, mas eles não mudam a realidade no terreno.
O chefe da diplomacia europeia evitou comentar as recentes declarações do ministro da Defesa espanhol, Margarida Roblesque descreveu o regime de Maduro como uma “ditadura” e criticou as “limitações dos direitos fundamentais” enfrentadas pela oposição antichavista.
Além disso, Borrell destacou que as eleições presidenciais venezuelanas de 28 de julho demonstraram que A qualidade democrática da Venezuela não melhorou.
Questionado sobre a possibilidade de se encontrar com Edmundo González Urrutia, exilado em Madrid desde o passado domingo, Borrell referiu que está aberto a encontrá-lo e lembrou que está em contacto com o opositor desde antes da sua saída da Venezuela. Informou também que González foi convidado a participar do Conselho dos Negócios Estrangeiros da União Europeiamas não deu detalhes sobre a resposta de González nem a data do possível encontro.
Borrell concluiu enfatizando a necessidade de manter o diálogo com González e com a oposição que ainda permanece na Venezuela. Salientou que estes actores precisam de apoio internacional para enfrentar a “dinâmica repressiva” do governo Maduro, da qual só podem ser superados através da “pressão internacional”, especialmente aquela que pode ser exercida pelos países latino-americanos mais próximos.
(Com informações da EFE)
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