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São Paulo, 25 de outubro (EFE).- O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, tentou pressionar “no último minuto” para que a Venezuela fosse incluída na lista de países associados aos BRICS, ao que o Brasil reagiu manifestando-se contra “enfaticamente, “, disseram fontes governamentais à EFE esta sexta-feira.
O Brasil recusou permitir que a Venezuela ingressasse na lista de países associados porque, “neste momento”, as relações entre os dois países “não são amigáveis”, segundo fontes.
A lista de treze países que serão associados aos BRICS, que ainda não foi oficialmente aprovada, foi acordada por consenso entre os representantes dos nove membros deste fórum numa reunião realizada terça-feira na cidade russa de Kazan.
Inicialmente, segundo fontes, trabalhavam com uma lista de doze países e a Argélia foi incluída nessa reunião.
A lista de treze países, divulgada à imprensa, é composta por Argélia, Bielorrússia, Bolívia, Cuba, Indonésia, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Turquia, Uganda, Uzbequistão e Vietname.
No entanto, segundo fontes, Maduro tentou uma “jogada de última hora” ao conversar com o presidente russo, Vladimir Putin, para tentar colocar o país caribenho na lista.
Essa pressão levou o Brasil a se manifestar “de forma mais enfática” contra a entrada de Caracas, causando “irritação” no governo venezuelano.
No final da cimeira, o Governo de Nicolás Maduro descreveu o veto do Brasil como um “gesto hostil” e uma “agressão” contra os interesses da nação.
Num comunicado, o Itamaraty afirmou que este veto “reproduz o ódio, a exclusão e a intolerância promovidos pelos centros de poder ocidentais para impedir, por enquanto, a entrada da pátria de Bolívar nesta organização”.
As relações entre Caracas e Brasília deterioraram-se devido às eleições presidenciais venezuelanas de 28 de julho, nas quais Maduro foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), numa decisão questionada pela oposição.
O Brasil se recusou a reconhecer a vitória de Maduro e pediu repetidamente que as autoridades venezuelanas divulgassem os registros eleitorais para demonstrar a vitória de Maduro sobre o oponente Edmundo González Urrutia.
Junto com a Colômbia e o México, o Brasil tenta articular a mediação entre o chavismo e a oposição para tentar resolver a crise.
Após o desentendimento na cimeira de Kazan, os BRICS ficam com nove países membros, mais a Arábia Saudita como país convidado, e a lista de treze possíveis países associados.
Os BRICS eram originalmente as principais economias emergentes (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), mas no ano passado o bloco expandiu-se para incluir os Emirados Árabes Unidos, o Irão, o Egipto e a Etiópia.
Dada a recusa de alguns membros em prosseguir com o alargamento, o bloco optou nesta cimeira pela criação da categoria de país associado.
O próximo passo será uma ronda de consultas liderada pela Rússia com os treze novos parceiros acordados por consenso, antes de completarem a sua entrada oficial nessa categoria.
(c) Agencia EFE
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