Começam a libertar adolescentes detidos na Venezuela no contexto de protestos contra fraudes eleitorais #ÚltimasNotícias #Venezuela

Nas últimas horas, a organização que oferece apoio jurídico gratuito aos detidos por motivos políticos, Foro Penal, informou que vários adolescentes foram entregues às suas famílias, embora com medidas de precaução.

Esses menores de 18 anos fazem parte do grupo de 114 que foi preso no quadro dos protestos gerados após a leitura dos resultados do Conselho Nacional Eleitoral que concederam a vitória a Nicolás Maduro, apesar das provas apresentadas pela oposição da esmagadora maioria obtidas pelo candidato da oposição Edmundo González Urrutia.

O regime aumentou a sua força repressiva ao ver a reação dos cidadãos contra Maduro, que se manifestou com bate-papos, gritos, protestos e a destruição de símbolos do chavismo, como estátuas de Chávez e cartazes de propaganda de Maduro.

As forças de ordem do regime e seus grupos parapoliciais saíram para conter essas demonstrações de rejeição deixando um saldo de 24 mortos.

No entanto, o procurador-geral, que obedece a Maduro, Tarek William Saab garante que os falecidos foram produto dos “violentos”.

Muitos dos detidos, que segundo o Foro Penal, são 1.720 até 30 de agosto, são adolescentes que eles nem sequer estavam participando ativamente dos protestos, mas antes eram levados para enviar uma mensagem às comunidades, ou eram extorquidos.

Outros foram entregues pelos seus vizinhos “chavistas” por terem mensagens contra Maduro. São vários do grupo com condições especiais.

O alerta sobre esta nova escalada de repressão levou o líder da oposição venezuelana María Corina Machado, para pedir aos presos comuns das prisões para onde são transferidos que respeitem seus próprios códigos e protejam as crianças.

Nas últimas horas, o Fórum Penal anunciou a libertação de várias dezenas deles.

Do grupo de 114 adolescentes detidos, verificado pela FP, 18 foram liberados neste sábado, nos estados de Táchira e Portuguesa. Dez foram libertados em Mérida.

Todos eles se juntam a mais 12 que foram libertados no dia anterior, num total preliminar de 39.

Não há detalhes sobre seus nomes nem sobre os crimes dos quais foram acusados.