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A Venezuela terminará 2024 com um crescimento económico próximo dos 5%, segundo especialistas, que o projetam dois pontos acima da estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI). No entanto, o desempenho económico continua “fraco”, dizem os analistas.
“Esse número, que estimamos, – perto de 5% – é melhor do que o de 2023. A questão é se podemos sustentar esse número ou melhorá-lo em 2025”, disse ele ao Voz da América Tamara Herrera, da empresa Síntesis Financiera.
O pesquisador Datanalisis tem um número próximo. “A Venezuela crescerá 4,8%”, destacou o economista Luis Vicente León num fórum empresarial em Caracas, no dia 29 de outubro.
Contudo, este número não é suficiente para uma economia com anos no vermelho. Tampouco que seja perceptível na qualidade de vida da população.
León, por exemplo, observou que “a renda per capita da Venezuela é a segunda mais baixa da América Latina”.
Por sua vez, Herrera indicou que a economia venezuelana “é uma economia frágil, a sua procura do consumidor é frágil. É preciso promover investimentos sérios, investimentos que impulsionem no médio prazo, ainda é uma economia fraca.”
A Venezuela ainda mostra as consequências de quase uma década de declínio. Entre 2012 e 2021, o país viveu uma crise econômica complexa, com redução de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) e hiperinflação por quatro anos consecutivos, entre 2017 e 2022. O país sul-americano começou a dar sinais tímidos de recuperação em 2022, mas fechou o ano de 2023 com uma economia estagnada.
Maduro: “Ressurgimos das cinzas”
Em 9 de setembro, o presidente Nicolás Maduro indicou que o crescimento económico poderia ultrapassar os 10% até ao final do ano.
O governante chavista afirmou ainda que a Venezuela atingirá a inflação mais baixa dos últimos 25 anos. “A derrota total da hiperinflação está cada vez mais forte”, assegurou.
“Nós renascemos das cinzas e eles não conseguiram e não conseguirão. A economia venezuelana continuará avançando”, continuou em outro discurso, transmitido pelo canal estatal VTV.
Mas o que faz a economia crescer? “Crescimento do petróleo, abertura e deshostilidade”, respondeu León, da Datanalisis.
“Há uma certa inércia na operação, há capital que está entrando de forma dispersa, ainda há um ritmo de atividade que mantém o consumo que está frágil, há uma facilidade de importação”, continua Herrera, que o descreve como um “fase de observação” por parte de comerciantes e empresários, reativos e não proativos ao contexto do país.
Como está a América Latina?
O Fundo Monetário Internacional – que estima que a economia da Venezuela crescerá 3% – prevê um crescimento na América Latina de 2,1% em 2024 e 2,5% em 2025.
Segundo a organização, o Brasil terá um aumento de 3%, o México 1,5%, a Bolívia 1,6%, a Colômbia 1,6%, o Equador 0,3%, o Chile 2,5%, o Paraguai 3,8%, o Uruguai 3,2%, a Costa Rica 4%. , El Salvador 3%, Guatemala 3,5%, Honduras 3,6%, Nicarágua 4%, Panamá 2,5% e República Dominicana 5,1%. Entretanto, o FMI previu que a economia da Argentina se contrairá 3,5%.
A inflação da Venezuela, segundo o Fundo, terminará o ano em 60%, a segunda mais alta da região depois da Argentina, que terá 140%.
“O grande desafio de todo formulador de políticas públicas é crescer sem inflação e não estamos muito bem com isso”, acrescentou Herrera.
Para o venezuelano médio, com salários que permanecem por recuperar, continua a ser difícil satisfazer até as necessidades mais básicas.
Pessoas: “vivendo como podem”
“Todos aqui estão vivendo o melhor que podem, tentando sobreviver. Pensávamos que quando se realizassem estas eleições (as eleições presidenciais de Julho passado), porque todos queriam uma mudança, isto iria melhorar”, responde César Peña, um reformado de 65 anos.
Para Betsaida Galíndez, administradora, “fazer mercado é um luxo”, em referência às compras essenciais para a sua casa. “Você não cria mais um mercado, porque precisa gastar pelo menos US$ 500 para comprar alguma coisa pela metade.”
Clemente Baute, outro reformado de 68 anos, considerou que a economia “tem de se ajustar”, mas comemorou que o governo Maduro distribui sacos de alimentos subsidiados, ou entrega bónus. “A maioria de nós recebe bônus.”
O salário mínimo legal e as pensões na Venezuela são de 130 bolívares por mês (cerca de 3,5 dólares), a isto se somam os bônus fornecidos pelo governo, com os quais os trabalhadores podem somar até 130 dólares, enquanto os aposentados e pensionistas recebem entre 40 e 90 dólares.
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