Maio 12, 2025
Educação pública na Venezuela, em “emergência” devido à escassez de professores
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Caracas, 18 de outubro (EFE).- A educação pública na Venezuela está em “emergência” devido, entre outros motivos, à escassez de professores, segundo o sindicato, situação que o Governo tenta resolver com vários programas, entre eles onde se destacam um apelo ao reingresso dos reformados e diversas ofertas que procuram convencer os professores que abandonaram as salas de aula devido aos baixos salários.

Segundo estimativas da Universidade Católica Andrés Bello (UCAB), também divulgadas pela Federação Venezuelana de Professores (FVM), são necessários cerca de 250 mil professores para cobrir as salas de aula do ensino fundamental, fundamental e médio que ficaram sem instrutores na última década. quando o país passou por uma profunda crise económica.

Por isso, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, promete ajuda aos professores e pede-lhes, “por amor à vocação”, que voltem a lecionar os milhões de crianças e adolescentes que há anos recebem uma educação incompleta, também afetados pela falta de água, alimentos e electricidade nas escolas e pelo custo dos transportes.

Oferta “Burlesca”

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Para a secretária-geral da FVM, Leila Escobar, as promessas do Executivo são uma oferta “burlesca”, principalmente a referente a créditos para professores, já que – lembre-se – o salário desse grupo é inferior a 30 dólares mensais, além eles recebendo outros $ 130 em bônus.

Depois, explicou, qualquer crédito consumirá integralmente os seus rendimentos no momento de fazer o primeiro pagamento, pelo que aquela oferta – considera – não convencerá os professores que hoje estão “arrumando cabelos, pintando unhas, fazendo bolos” a voltarem às salas de aula. ., fazer arepas, limpar casas, cuidar de idosos” ou em qualquer tarefa que gere melhor remuneração do que lecionar.

Destaca que os protagonistas do “fato educativo” são os professores e os alunos, portanto os programas devem estar focados em atender às necessidades de ambos, bem como das escolas, cujo total nacional apresenta falhas ou deterioração da infraestrutura e falta de materiais de trabalho.

Embora no dia 30 de setembro, no início do ano letivo, o Governo tenha comunicado reparações em 8.000 instituições de ensino, a FVM sublinha que há mais de 20.000 que não foram atendidas pelas autoridades e que apresentam “as mesmas deficiências ou piores”.

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“Se vemos todos esses multifatores que não são atendidos, não podemos falar em qualidade educacional”, observou.

Sobre a chamada aos reformados, Escobar estima que existam cerca de 200 mil professores nesta condição, montante que serviria para fazer face à procura atual “se houvesse uma verdadeira política salarial” que fosse suficientemente rentável para que regressassem às salas de aula.

Medidas de emergência”

As resoluções anunciadas pelo Ministério da Educação – pasta que está em reestruturação – são medidas emergenciais, típicas da situação que o setor vive, ou é assim que o vê Carlos Calatrava, diretor da Escola Superior de Educação da UCAB.

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A professora lembra que o Estado deve garantir os níveis obrigatórios de formação para milhões de crianças e adolescentes, tarefa que se cumpre aos poucos, já que os alunos passam de um ano letivo para outro sem receber aulas de disciplinas específicas, algo que é perceptível especialmente no ensino médio, onde faltam professores de ciências exatas e sociais.

Sobre a decisão do Governo de devolver às salas de aula todos os professores do sector público que desempenhavam outras funções, Calatrava acredita que é uma acção correcta, tendo em conta o panorama, mas insiste que “não deve ser a única medida nem deve ser a medida estrela”.

Por outro lado, esclarece, é necessário “que mais uma vez as escolas de educação (nas quais as universidades formam os futuros professores) fiquem lotadas de gente” e não desertas como têm estado nos últimos cinco anos, segundo os registos do a UCAB e a FVM.

Só na UCAB, cerca de 40 jovens se formaram como novos professores em 2023. Esse número, que segundo Calatrava representa 1% do total nacional, sugere que, na melhor das hipóteses, a Venezuela ganhou 4.000 novos professores no ano passado, um ritmo que levaria 60 anos para preencher as vagas existentes.

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Heitor Pereira

(c) Agencia EFE

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