Setembro 29, 2024
Estes são os números mais próximos de Nicolás Maduro. Raio X dois meses após as eleições de 28 de julho
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Estes são os números mais próximos de Nicolás Maduro. Raio X dois meses após as eleições de 28 de julho #ÚltimasNotícias #Venezuela

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(CNN espanhol) – Quando o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez mudanças em seu gabinete em agosto, após ser declarado vencedor nas polêmicas eleições presidenciais de 28 de julho, ordenou alguns movimentos significativos, mas não houve surpresas ou novos rostos entre os cargos mais importantes , ao qual é acessado um círculo íntimo que teve poucas variações desde que o presidente assumiu o poder, há mais de uma década.

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“Essencialmente, as figuras mais influentes permanecem as mesmas”, disse o cientista político John Magdaleno à CNN, acrescentando que a esfera de confiança do presidente foi bastante reduzida. Um exemplo é a defenestração do ex-vice-presidente Tareck El Aissami, atualmente acusado de corrupção.

“Obviamente no círculo interno do poder estão os irmãos Rodríguez, Delcy e Jorge, que são um factor muito influente na coligação”, observou.

Magdaleno refere-se em primeira instância ao vice-presidente, agora também nomeado Ministro dos Petróleos. Desde a era do falecido Hugo Chávez, ocupou vários cargos de gabinete e também foi ministro das Relações Exteriores.

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Jorge Rodríguez é atualmente presidente da Assembleia Nacional, de onde tem promovido vários projetos da ala dura do chavismo na crise pós-eleitoral, como a limitação do trabalho de organizações não-governamentais.

Um relatório da Missão Internacional Independente de Apuração de Fatos da ONU sobre a Venezuela informou na semana passada que o Parlamento, sob Rodríguez, “continuou a ser fundamental na aprovação de novas leis que restringem o espaço cívico e democrático sem um debate genuíno e democrático”.

Ambos os irmãos também foram encarregados de processar o exílio do líder da oposição Edmundo González Urrutia, que foi reconhecido como vencedor das últimas eleições pelos Estados Unidos e outros governos da América Latina. O Parlamento Europeu também o reconheceu como presidente eleito da Venezuela.

O retorno de Cabello ao gabinete

Quanto a Diosdado Cabello, o novo ministro do Interior, o cientista político Magdaleno lembrou que juntamente com Maduro flanqueavam o falecido Hugo Chávez no seu último discurso em Caracas, em dezembro de 2012. “Agora ele tem responsabilidades mais formais, mas já era um homem muito influente, não apenas como vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e membro do que em algum momento foi chamado de Alto Comando Cívico Militar”, destacou.

Um relatório do Programa Venezuelano de Educação-Ação em Direitos Humanos (Provea), publicado no início de setembro, observou que Cabello “durante anos liderou o confronto e a perseguição contra os defensores dos direitos humanos, forçou a diminuição do perfil público e tomou todos os tipos de cuidados para a maioria das organizações.”

Cabello, que já criticou inúmeras vezes a Provea, não comentou o último relatório da ONG.

Diosdado Cabello fala com seus apoiadores durante a ‘Grande Marcha Global pela Paz’ em apoio ao atual presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em 17 de agosto de 2024 em Caracas, Venezuela. (Foto: Alfredo Lasry R/Getty Images).

O coordenador geral do Provea, Oscar Murillo, disse à CNN que a nomeação de Cabello foi o movimento mais importante das últimas mudanças no gabinete, e que o agora ministro esteve afastado, lançando inclusive algumas críticas de seu programa de televisão, onde se reforçou, diz ele, como o representante mais vocal da ala dura do chavismo. “É uma demonstração da fragilidade da liderança de Nicolás Maduro, que é prejudicada pelo resultado eleitoral e tem de recorrer a esta cifra”, considerou.

“É uma mudança que responde mais a uma lógica de entrincheiramento em torno de uma decisão de não cedência do poder, uma retirada tática que se faz apenas com as figuras que geram maior confiança ao núcleo governante. Não há diversidade nem amplitude, o momento diz-lhes que devem cerrar fileiras com rostos familiares que garantam lealdade absoluta”, analisou.

Outro dos bispos do Governo de Maduro é o procurador-geral Tarek William Saab, que tem uma longa carreira no partido no poder como deputado, constituinte, governador e defensor do povo até suceder a Luisa Ortega Díaz no Ministério Público em 2017.

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Murillo destacou que Saab “acompanhou o processo revolucionário de (Hugo) Chávez”, mas que seu comportamento no cargo, de acordo com o mandato constitucional, “não foi em benefício ou proteção das vítimas dos abusos”. Segundo ele, há “medo e terror de denunciar, e isso fala mal do Ministério Público”.

Saab tem defendido sua gestão, tanto como ouvidor, procurador e chefe do Poder Cidadão, um dos cinco poderes do Poder Público Nacional. Como disse em entrevista à CNN, acredita “no princípio da cooperação entre os poderes públicos”. Além disso, garantiu que a Venezuela “é um país garante” e que ele próprio, como chefe da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Constituinte de 1999, escreveu o título sobre as garantias constitucionais.

Os responsáveis ​​pela repressão

Magdaleno, em termos gerais, explicou que “em conjunturas críticas, que desafiam regimes autoritários, os atores que ocupam posições relevantes no aparelho de Estado normalmente adquirem mais poder e relevância”.

No caso de Vladimir Padrino López, o cientista político destacou que é o ministro da Defesa que mais tempo permaneceu no cargo nas últimas décadas.

Por sua vez, Murillo disse que Padrino López “é um componente essencial da liderança governante” e que “sem o seu apoio o projeto vacilaria muito mais”. Ele também disse que a extensa gestão do ministro “criou um plug nas promoções militares, reforçando essa liderança”.

Vladimir Padrino López (Crédito: FEDERICO PARRA/AFP via Getty Images)

O coordenador do Provea comentou que a oposição tinha a expectativa de que depois das eleições Padrino reconhecesse a vitória da oposição, mas essa mensagem nunca chegou. “O que acaba por se posicionar no círculo militar é o medo do próximo passo para uma mudança política”, disse Murillo, em referência às investigações internacionais que estão em curso sobre violações de direitos humanos no país e que envolvem vários militares. Forças Armadas Nacionais Bolivarianas.

Segundo ele, nos últimos dois meses, face aos protestos da oposição devido à crise pós-eleitoral, teve-se o cuidado de garantir que alguns membros daquela instituição não aparecessem “nas primeiras filas dos sectores repressivos”.

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Dois dos colaboradores mais leais de Maduro – Elio Estrada, comandante da Guarda Nacional Bolivariana desde 2023 (anteriormente chefiou a Polícia Nacional) e Alexander Granko, chefe da Direção de Assuntos Especiais da Direção Geral de Contra-espionagem Militar (sancionada pelos EUA). em 2019) – são apontados pelo seu papel nas alegadas violações dos direitos humanos investigadas por um painel de especialistas da ONU, que trata do caso da Venezuela desde 2019.

Apesar desse esforço, Estrada foi sancionado este mês pelos Estados Unidos pelo seu papel na detenção de manifestantes da oposição após as eleições presidenciais.

Um chanceler “radical”

No caso do ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, Murillo indicou que sua ratificação no cargo foi uma surpresa.

Após as mudanças anunciadas por Maduro, o chefe da diplomacia bolivariana, que esteve no gabinete como ministro da Agricultura em 2013, permanece no círculo do presidente.

Quando foi nomeado, em janeiro de 2023, esperava-se uma figura mais dialógica. “Foi a aposta que nos venderam. Tem dificuldades com moderação e acaba não beneficiando a imagem do Governo. A cooperação com organizações de direitos humanos tem vindo a deteriorar-se”, observou.

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, em uma fotografia de arquivo (FEDERICO PARRA/AFP via Getty Images)

Murillo acrescentou que Gil tem sido uma das figuras mais radicais no contexto pós-eleitoral.

“Talvez (sua permanência) obedeça ao princípio de permanecer no poder a todo custo”, comentou.

Em abril, Gil negou a existência da quadrilha criminosa Tren de Aragua e disse que era “uma ficção”, o que gerou repúdio por parte do governo chileno. Após as eleições, ele defendeu com unhas e dentes os pronunciamentos do partido no poder, acusando aqueles que questionaram o processo de serem conspiradores golpistas.

A Justiça e a CNE

Quando Nicolás Maduro se dirigiu ao Supremo Tribunal de Justiça para apresentar um recurso contencioso e pedir que certificasse os resultados das eleições, fê-lo sabendo das questões que pesam sobre os membros do tribunal. A ONG venezuelana Acceso a la Justicia salienta que os membros da direcção do TSJ têm “laços comprovados” com o partido socialista no poder da Venezuela (PSUV).

Por sua vez, a Missão Independente de Verificação de Fatos das Nações Unidas na Venezuela alertou sobre a “falta de independência e imparcialidade” do Supremo Tribunal e do Conselho Nacional Eleitoral.

O Governo Maduro sempre insistiu na independência das instituições do país.

Caryslia Rodríguez é presidente do TSJ desde janeiro e também dirigente da Câmara Eleitoral desde 2022. Antes da sua nomeação, a advogada já era uma figura pública diretamente ligada ao PSUV. Como militante, optou por cargos eleitos pelo povo.

Rodríguez foi uma figura chave na decisão 122, que anulou o processo conduzido pela oposição Comissão Nacional Primária (CNP) em 22 de outubro de 2023. A decisão tentou anular as eleições primárias em que foi eleita a líder da oposição María Corina Machado,. que posteriormente foi inabilitado pelo mesmo tribunal para exercer cargos públicos.

O Conselho Nacional Eleitoral, que proclamou a vitória do presidente sem oferecer dados que apoiassem o resultado, também é liderado por um funcionário próximo de Maduro. Elvis Amoroso, considerado uma das figuras mais leais do chavismo, foi nomeado em agosto de 2023, depois de fazer carreira no partido no poder como deputado e vice-presidente da Assembleia Nacional Constituinte.

Durante seu mandato como controlador, desqualificou líderes da oposição como Juan Guaidó em 2019 e María Corina Machado em 2023, com veto por 15 anos.

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