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O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, prometeu sanções contra a Venezuela na sexta-feira (06/09/2024) durante visita à República Dominicana, onde na segunda-feira Washington apreendeu um avião do presidente venezuelano Nicolás Maduro em meio à crise política gerado após sua controversa reeleição.
“Fomos muito claros e vamos implementar as sanções, se descobrirmos que houve violações, agiremos, foi isso que fizemos e é isso que continuaremos a fazer”, disse Blinken numa conferência de imprensa com o presidente dominicano, Luis Abinader, após ser consultado em um segundo avião de Maduro na República Dominicana.
O avião de Maduro apreendido há quatro dias na República Dominicana foi transferido para a Florida, anunciou Washington depois de alegar violação das sanções norte-americanas. A Venezuela respondeu chamando a ação de “pirataria”.
A mídia informou que há um segundo avião de Maduro em território dominicano.
Washington “preocupado” com situação pós-eleitoral
Os Estados Unidos, que já impuseram um pacote de sanções em 2019 em resposta à primeira controversa reeleição de Maduro um ano antes, não reconhecem a nova proclamação do presidente venezuelano como presidente reeleito em 28 de julho.
“Estamos muito preocupados com a trajetória na Venezuela após as eleições em que a vontade do povo venezuelano não poderia ter sido mais clara, infelizmente esta vontade e os votos não se refletiram no que aconteceu desde então”, reiterou Blinken.
Maduro foi proclamado vencedor com 52% dos votos sem que os detalhes do escrutínio fossem divulgados conforme exigido por lei. A oposição denunciou a fraude e disse ter provas da vitória do seu candidato, Edmundo González Urrutia.
Os protestos eclodiram em todo o país, deixando 27 mortos, 192 feridos e 2.400 detidos. Os resultados do último dia 28 de julho também foram questionados por vários países latino-americanos.
“Continuaremos defendendo os direitos democráticos e tendo empatia com a situação na Venezuela”, acrescentou Abinader, observando que seu governo “não tem nenhuma notificação legal” sobre a segunda aeronave.
Em 2020, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos ofereceu uma recompensa de até 15 milhões de dólares por qualquer informação que levasse à prisão de Maduro no poder desde 2013.
gs (afp, efe)
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