Setembro 21, 2024
González Urrutia diz que assinou documento sob “coerção” para deixar a Venezuela – Telemundo Miami (51)
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González Urrutia diz que assinou documento sob “coerção” para deixar a Venezuela – Telemundo Miami (51) #ÚltimasNotícias #Venezuela

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O líder da oposição venezuelana Edmundo González Urrutia disse esta quarta-feira que assinou um documento, antes de deixar a Venezuela, apresentado por representantes do Governo de Nicolás Maduro sob a ameaça de que se não o fizesse teria que “aceitar as consequências”, uma “coerção” que em sua opinião anula o texto.

Num vídeo difundido através das suas redes sociais, González Urrutia, exilado desde 8 de setembro em Espanha onde pede asilo político, respondeu assim à apresentação pelo presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, de uma “carta assinada” em que o opositor diz acatar a decisão do Supremo Tribunal de Justiça do seu país de validar a polémica vitória de Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho.

O opositor explica que, enquanto estava abrigado na residência do embaixador espanhol em Caracas, foi-lhe apresentado um documento que devia assinar para obter salvo-conduto que lhe permitisse sair da Venezuela rumo ao exílio.

Em sua mensagem, ele relata o momento em que assinou o documento, “horas muito tensas de coerção, chantagem e pressão” levadas a cabo pelo próprio presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e pela vice-presidente do país, Delcy Rodríguez.

“Ou seja, ou assinei ou enfrentei as consequências. Foram horas muito tensas de coação, chantagem e pressão, nesses momentos considerei que poderia ser mais útil livre do que trancado e incapaz de cumprir as tarefas que me foram confiadas pelo soberano.”, refletiu.

“Um documento produzido sob coação enferma de nulidade absoluta por grave lapso de consentimento”, acrescentou.

González Urrutia criticou que o regime de Maduro “sempre recorre ao jogo sujo, à chantagem e à manipulação” e prometeu que “nunca” trairá os seus seguidores nem “permanecerá calado”.

“O que deveriam divulgar são as atas de escrutínio, a verdade é o que é e é nas atas que vocês pretendem esconder. Não vão silenciar um país que já falou”, afirmou.

Parlamento garante que González Urrutia validou a reeleição de Maduro

Num discurso televisionado, Jorge Rodríguez explicou que representantes do Governo de Nicolás Maduro foram “contactados por interlocutores” de González Urrutia para estabelecer comunicações, justamente quando a Justiça venezuelana emitiu um mandado de prisão contra o porta-estandarte da principal coligação da oposição, o Plataforma Democrática Unitária (PUD).

Esses interlocutores, continuou o chavista, expressaram o “desejo que o senhor González Urrutia tinha de deixar o país”, razão pela qual pediu às autoridades venezuelanas salvo-conduto para poder viajar ao aeroporto e embarcar no voo, em voo espanhol. Avião da Força Aérea, que finalmente o levou para Espanha, onde solicitou asilo político.

“Sempre estive e continuarei a estar disposto a reconhecer e acatar as decisões adoptadas pelos órgãos de Justiça, incluindo o referido acórdão da Câmara Eleitoral (que validou a vitória de Maduro nas urnas), que embora não partilhe , eu o respeito”, diz a carta, exibida por Rodríguez, que destacou a assinatura “voluntária” do antichavista.

Foto de arquivo datada de 30 de abril de 2024 de sessão no Palácio Legislativo Federal, em Caracas (Venezuela). EFE/Miguel Gutiérrez

O presidente do Legislativo destacou que esta carta foi escrita voluntariamente e que não houve “nenhum tipo de situação em que o senhor Edmundo González Urrutia pudesse se sentir violado”.

“Se você insiste que isso é coerção, vou mostrar os bastidores das conversas”, disse Rodríguez em entrevista coletiva, na qual apresentou a carta assinada pelo antichavista.

“Se nas próximas 24 horas você não negar esta infeliz acusação que fez, mostrarei as evidências das conversas que você e eu tivemos cara a cara”, insistiu o porta-voz do chavismo, que mostrou fotos de seu encontro com o adversário antes da sua viagem a Madrid, na residência da Embaixada de Espanha em Caracas.

Rodríguez explicou que esta prova é um “áudio” que decidiu proteger porque, disse, “havia a possibilidade de (o oponente) negar a verdade”, aludindo à carta, na qual o “compromisso” do ex-presidente candidato a não assumir representação dos poderes públicos da Venezuela no exterior.

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