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CARACAS, Venezuela (AP) — Os venezuelanos passaram a maior parte da sexta-feira no escuro enquanto uma grande queda de energia deixou a capital, Caracas, e vários estados sem energia.
O governo do presidente Nicolás Maduro atribuiu a queda de energia, que teria começado por volta das 4h50, à “sabotagem elétrica”.
“Ninguém tirará a paz e a tranquilidade do povo venezuelano”, escreveu Freddy Nanez, ministro das comunicações, em mensagem compartilhada com jornalistas no Telegram.
Nanez disse em uma mensagem de voz no Telegram que todos os 24 estados da Venezuela foram pelo menos parcialmente impactados. Ele caracterizou a interrupção como uma tentativa “desesperada” dos oponentes de Maduro de expulsar o presidente violentamente.
“Todo o governo nacional foi acionado para superar essa nova agressão”, disse ele.
Ao cair da noite, a energia foi restaurada em muitas partes da capital após um dia de interrupções esporádicas. Maduro, em uma aparição na sexta-feira à noite na TV estatal, agradeceu aos venezuelanos pela paciência após um dia caótico em que empresas fecharam, hospitais dependeram de geradores de reserva e o fechamento do metrô de Caracas deixou dezenas de milhares de pessoas presas.
Em 2019, durante um período de agitação política, a Venezuela sofreu com cortes de energia regulares que o governo quase sempre atribuiu a seus oponentes, mas que especialistas em energia disseram ser resultado de incêndios florestais que danificaram linhas de transmissão e da má manutenção da infraestrutura hidrelétrica do país.
Muitos dos problemas de energia diminuíram à medida que a economia do país sul-americano se estabilizou, a alta inflação diminuiu e uma dolarização de fato reduziu a escassez de produtos importados.
Ainda assim, após a eleição presidencial contestada do mês passado, as autoridades são rápidas em culpar os oponentes até mesmo por pequenas interrupções. Esse foi o caso na terça-feira, quando um apagão afetou Caracas e vários estados centrais.
“Esta é uma estratégia constante da oposição, dos inimigos deste país, para impactar a população”, disse Diosdado Cabello, o recém-nomeado ministro do Interior que é considerado o segundo homem mais poderoso do país, após a paralisação anterior.
Os moradores da capital estavam levando a interrupção de sexta-feira com calma. O trânsito durante o horário de pico normalmente movimentado estava mais leve do que o normal e algumas pessoas reclamaram de não conseguir se comunicar com familiares devido à falta de serviço de celular.
Alejandra Martinez, uma vendedora de 25 anos, disse que notou que a energia acabou quando um ventilador parou de funcionar. “Achei que a energia voltaria e voltei a dormir”, disse ela enquanto tentava pegar um ônibus para o trabalho quando amanheceu em Caracas. “Mas quando acordei, percebi que era uma queda de energia.”
A rede elétrica da Venezuela depende muito da Represa Guri, uma gigantesca usina hidrelétrica que foi inaugurada no final da década de 1960. O sistema elétrico tem sido sobrecarregado pela má manutenção, pela falta de fontes alternativas de energia e pela drenagem de talentos de engenharia, já que cerca de 8 milhões de migrantes venezuelanos fugiram da miséria econômica nos últimos anos,
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