Machado acredita que outro governo na Venezuela poderia resolver a “crise energética mundial” #ÚltimasNotícias #Venezuela

Nova Iorque, 25 set (EFE).- A líder da oposição venezuelana María Corina Machado garantiu esta quarta-feira que se o Governo de Nicolás Maduro, proclamado vencedor pelo órgão eleitoral venezuelano das eleições presidenciais de 28 de julho, concordar com uma transferência democrática de poder, o país sul-americano poderia resolver a “crise energética mundial”.

“A Venezuela pode se tornar, com uma transferência democrática de Governo, o maior parceiro para resolver a crise energética mundial”, disse Machado durante uma intervenção virtual no Fórum Concordia, evento realizado em Nova York paralelo à Assembleia Geral das Nações Unidas e. por onde passaram outros líderes políticos e empresariais.

A Venezuela, o país do mundo com as maiores reservas de petróleo graças aos seus aproximadamente 304 milhões de barris de petróleo, produziu uma média de 850.000 barris por dia (bd) no ano passado.

Um valor superior aos três anos imediatamente anteriores, mas muito distante dos 3,23 bpd registados em 2008, apenas cinco anos antes da morte do presidente Hugo Chávez e do início de uma crise económica descontrolada no país, que provocou o êxodo de quase 8 milhões de pessoas.

A produção de petróleo da Venezuela em agosto foi de 927 mil bpd, segundo dados oficiais recolhidos pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

A representante do partido Vente Venezuela (VV) referiu-se também à sua própria situação no país latino-americano, uma vez que o porta-estandarte da oposição maioritária às eleições presidenciais, Edmundo González, se exilou em Espanha, e depois do Governo venezuelano não publicou ata das eleições presidenciais, além de já ter montado sua equipe para um próximo mandato

“Só consigo ver a minha vida na Venezuela e em liberdade. A minha é a história de milhões de heróis anónimos. Esta é uma luta ética pela verdade”, disse Machado.

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No âmbito da semana da ONU, os Estados Unidos e a Argentina coorganizam esta quinta-feira uma reunião de alto nível para tentar promover uma solução negociada para o bloqueio na Venezuela através de uma transferência democrática do partido no poder a favor da oposição, para que ambos os países consideram o vencedor das últimas eleições.

Além disso, a oposição venezuelana tem tentado dar visibilidade à sua causa durante a semana de alto nível nas Nações Unidas, que desde esta terça-feira reúne líderes mundiais e chefes da diplomacia internacional, através de eventos paralelos como o organizado por Ana Corina Sosa na segunda-feira -filha da oposição- junto com políticos como Felipe González, ex-presidente do governo espanhol.

(c) Agencia EFE