Notícias do mundo em resumo: atualização de Gaza, violência eleitoral na Venezuela, execuções no Sudão do Sul #ÚltimasNotícias #Venezuela

Os retornados seguiram para vários locais da cidade, incluindo bairros centrais e orientais, bem como a área adjacente de Bani Suhaila.

Evacuações médicas

Separadamente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que 85 pacientes doentes e gravemente feridos de Gaza foram evacuados para Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, na terça-feira.

Os pacientes, 35 deles crianças, foram acompanhados por mais de 60 cuidadores e familiares. Eles foram transferidos de Gaza pela travessia de Kerem Shalom.

Esta foi a maior evacuação médica para fora de Gaza desde outubro, disse a OMS, e foi feita em parceria com o governo dos Emirados e outras organizações.

Milhares ainda esperando

A agência de saúde da ONU observou que mais de 10.000 pessoas ainda precisam desesperadamente ser evacuadas de Gaza por motivos médicos.

“Esperamos que isso abra caminho para o estabelecimento de corredores de evacuação por todas as rotas possíveis, incluindo as travessias de Kerem Shalom e Rafah para o Egito e a Jordânia, e de lá para outros países”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral da OMS.

“Também pedimos que as evacuações para a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, sejam restauradas. Milhares de pessoas doentes estão sofrendo desnecessariamente. Acima de tudo, e como sempre, pedimos um cessar-fogo.”

Ataques na Cisjordânia

Enquanto isso, o OCHA também relatou que os ataques das forças israelenses e colonos continuam a ter um impacto devastador sobre os palestinos na Cisjordânia.

Quase 80 pessoas, incluindo quase duas dúzias de crianças, ficaram feridas em apenas uma semana (23 a 29 de julho), disse a agência.

Venezuela: Investigação independente sobre direitos humanos alarmada com violência pós-eleitoral

A Missão Internacional Independente de Investigação sobre a Venezuela expressou profunda preocupação na quarta-feira com relatos de abusos de direitos humanos após a eleição presidencial do fim de semana.

A Missão disse ter recebido relatos confiáveis ​​de detenções, feridos e mortos relacionados à violência por parte das forças de segurança e grupos civis armados, conhecidos como colectivos, após a vitória declarada do presidente Nicolás Maduro.

O Conselho Nacional Eleitoral anunciou o atual presidente Maduro como vencedor na manhã de segunda-feira, provocando protestos em todo o país.

A Missão de Apuração de Fatos documentou pelo menos seis mortes e vários feridos entre os manifestantes até a manhã de quarta-feira. O Procurador-Geral relatou a morte de um membro das forças armadas e ferimentos de 46 militares e policiais.

Cumprir as normas de direitos humanos

Marta Valiñas, Presidente da Missão, enfatizou a necessidade de que as operações de ordem pública cumpram os padrões internacionais de direitos humanos, insistindo que o uso da força deve ser proporcional e ter como objetivo salvaguardar a vida humana.

“Por sua vez, a Missão permanecerá muito atenta e investigará graves violações de direitos humanos que ocorram no contexto pós-eleitoral, de acordo com seu mandato… isso inclui analisar as forças e os indivíduos responsáveis ​​por tais violações”, disse ela.

A Missão de Apuração de Fatos também observou que o Procurador-Geral anunciou a detenção de 749 pessoas no contexto dos protestos, acrescentando que, embora algumas tenham sido libertadas, outras permanecem detidas. Entre elas, algumas enfrentam acusações sérias, como terrorismo.

“Estamos preocupados com esta nova onda de perseguição contra líderes de partidos políticos de oposição”, disse Patricia Tappatá Valdez, especialista da Missão.

“Estamos a assistir à reativação acelerada da máquina repressiva que nunca foi desmantelada e que agora está a ser usada para minar as liberdades públicas dos cidadãos e o seu direito à participação política e à livre expressão de ideias.”

A Missão de Investigação foi criada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU em setembro de 2019 por um período de um ano para avaliar supostas violações de direitos humanos cometidas desde 2014. Seu mandato foi estendido até setembro de 2024.

Escritório de direitos humanos da ONU observa aumento preocupante de execuções extrajudiciais no Sudão do Sul

O escritório de direitos humanos da ONU, ACNUDH, disse na quarta-feira que está extremamente preocupado com o aumento de execuções extrajudiciais no Sudão do Sul.

Pessoas estão sendo executadas por pelotões de fuzilamento do exército e das forças de segurança por uma série de supostos delitos, incluindo assassinato, estupro, roubo de gado, disputas domésticas e violência intercomunitária.

O porta-voz do ACNUDH, Thameen Al-Kheetan, disse que entre janeiro de 2023 e junho de 2024, um total de 76 pessoas, incluindo duas crianças, foram executadas por pelotão de fuzilamento e sem julgamento.

“É ainda mais angustiante que 39 pessoas, incluindo uma criança, tenham sido executadas dessa forma nos primeiros seis meses de 2024, quase o dobro do número de vítimas no mesmo período do ano passado”, acrescentou.

O ACNUDH instou o governo a interromper imediatamente as execuções extrajudiciais, conduzir investigações rápidas e imparciais e responsabilizar os perpetradores.

Como o escritório de direitos humanos da ONU também continua preocupado com a aplicação contínua da pena de morte no Sudão do Sul, o Sr. Al-Kheetan disse que é vital que as autoridades imponham uma moratória às execuções com vistas à abolição da pena de morte.