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O aplicativo “Noticias sin Filtro” é uma opção para ler e ouvir notícias da Venezuela produzidas por meios de comunicação que têm sido bloqueado na internet durante o governo de Nicolás Maduro.
O aplicativo foi desenvolvido pela organização Conexión Segura y Libre e lançado uma semana antes das eleições na Venezuela, em 28 de julho.
Permite ler notícias de mídias bloqueadas sem a complexidade de usar VPN ou rede privada virtual, o que até agora continua sendo uma forma de os usuários escaparem dos bloqueios impostos pelo governo venezuelano.
“Seria extremamente difícil para o governo tentar bloquear o aplicativo, porque ele está montado em diferentes sistemas VPN”, disse ele ao Voz da América Andrés Azpurva, diretor executivo do Noticias Sin Filtro.
O aplicativo pode ser baixado tanto para Android quanto para IOS com o nome Noticias sin Filtro.
Parte da oferta à disposição dos utilizadores da aplicação inclui notícias e conteúdos informativos de 18 meios de comunicação, incluindo Armando.Info, Caraota Digital, Crónica Uno, Effect Cocuyo, El Carabobeño, El Nacional, El Pitazo, entre outros.
Há também conteúdos sonoros do Serviço de Informação Pública, dos Notiaudios de El Pitazo, Cocuyo alhear, A Medias Podcast e entrevistas e reportagens de Luis Olavarrieta, entre outros.
O Notícias sem Filtro também permite que o usuário leia as notícias mesmo sem acesso à Internet, pois sua tecnologia salva o conteúdo atualizado na última conexão e depois o exibe em formato de texto otimizado.
“A mídia geralmente fica muito feliz por estar no aplicativo porque não lhes custa nada e os ajuda a recuperar visualizações e tráfego para o site”, acrescentou Azpurva.
Quando um meio de comunicação é bloqueado na Venezuela, normalmente perde uma elevada percentagem do seu tráfego de internet, uma vez que a maior parte das visitas é recebida da Venezuela, e se os fornecedores impedirem o acesso, apenas aqueles que utilizam VPN podem aceder às notícias, segundo Azpurva.
“A maioria das pessoas não usa VPNs regularmente e os venezuelanos acabam privados do direito de serem informados”, disse ele.
O projeto foi apresentado na Conferência Latino-Americana de Jornalismo Investigativo, em Madrid, no dia 23 de outubro.
Espera-se que outras mídias sejam incluídas no projeto com notas e pesquisas de longo prazo.
91 domínios de mídia foram bloqueados
A elaboração de relatórios através da Internet é cada vez menos viável para países da região como a Venezuela, de acordo com os resultados do relatório “Liberdade nas Redes 2024: a luta pela confiança na Internet”o que garante que a liberdade em esta área diminuiu em 25 dos 72 países.
Até outubro de 2024, a Venezuela tem 161 domínios bloqueados na internet: 91 são de notícias, 18 são de crítica política e os demais são outros portais relacionados à academia, segundo dados do portal VE sem filtro.
O governo Maduro muitas vezes desacredita a imprensa que está fora do seu controle, à qual não oferece informação nem acesso a fontes oficiais, e cujo privilégio é exclusivo dos meios de comunicação relacionados com os interesses da chamada “revolução bolivariana”.
Na Venezuela, por exemplo, segundo a organização Espacio Público, até agora em 2024 a Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel) fechou 14 estações e, entre 2003 e 2023, pelo menos 297.
Além de bloquear sites e domínios, Maduro também ordenou o bloqueio de
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