Setembro 19, 2024
O Congresso espanhol aprova proposta para reconhecer Edmundo González como presidente da Venezuela
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O Congresso espanhol aprova proposta para reconhecer Edmundo González como presidente da Venezuela #ÚltimasNotícias #Venezuela

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MADRI.- O Congresso da Espanhaa pedido da oposição de direita, aprovou esta quarta-feira uma proposta exigindo que o governo reconhecer a vitória do candidato da oposição Edmundo González Urrutia contra o presidente Nicolás Maduro nas eleições de julho na Venezuela, um reconhecimento que o chefe do governo espanhol, Pedro Sanchez, rejeita.

A proposta foi adotada por 177 deputados contra 164e é simbólico, porque não obriga o Executivo Sánchez a reconhecer González Urrutia, exilado em Espanha desde o fim de semana, como presidente. A moção foi apoiada pelo Vox, pelo Partido Nacionalista Basco (PNV), pela União Popular de Navarro (UPN) e pela Coligação das Canárias (CC); Os deputados do Junts, partido de Carles Puigdemont, que estiveram ausentes por terem de participar numa celebração na Catalunha, não participaram.

O líder do Partido Popular da oposição, Alberto Núñez Feijoo, aplaude depois que parlamentares espanhóis votaram a favor do reconhecimento pelo Estado espanhol de Edmundo González Urrutia como vencedor das eleições venezuelanas, no Congresso espanhol em Madrid, em 11 de setembro de 2024.O líder do Partido Popular da oposição, Alberto Núñez Feijoo, aplaude depois que parlamentares espanhóis votaram a favor do reconhecimento pelo Estado espanhol de Edmundo González Urrutia como vencedor das eleições venezuelanas, no Congresso espanhol em Madrid, em 11 de setembro de 2024.

O líder do Partido Popular da oposição, Alberto Núñez Feijoo, aplaude depois que parlamentares espanhóis votaram a favor do reconhecimento pelo Estado espanhol de Edmundo González Urrutia como vencedor das eleições venezuelanas, no Congresso espanhol em Madrid, em 11 de setembro de 2024. – Créditos: @PIERRE-PHILIPPE MARCOU

Após a aprovação da proposta, os deputados de direita explodiram em aplausos na Câmara, em cujo camarote estavam opositores venezuelanos, como Antonio Ledezmaex-prefeito de Caracas, que agradeceu ao Congresso pela medida, colocando a mão no coração.

Apresentado pelo primeiro partido da oposição, o Partido Popular (PP)a proposição afirma “reconhecer Edmundo González Urrutia como o legítimo vencedor das eleições presidenciais” e “portanto, como presidente eleito e legítimo da Venezuela”.

Da mesma forma, exige que o governo Sánchez “liderar o reconhecimento de Edmundo González em instituições europeias e organismos internacionaiscom o objetivo de garantir que em 10 de janeiro de 2025 tome posse como o novo presidente da Venezuela.”

Embora a iniciativa não tenha efeitos práticos, “o resultado da votação proporciona mais uma vitória simbólica do PP na sua estratégia de evidenciar as fragilidades parlamentares do Executivo de Pedro Sánchez”, analisou. O país.

O governo de Pedro Sancheso único competente para realizar este reconhecimento, insistiu hoje, em plena visita à China, que não dará este passo.

“O governo de Espanha, desde a realização das eleições, tem sido claro. Solicitamos a publicação da ata, não reconhecemos a vitória de Nicolás Maduro“explicou o presidente espanhol. “E fazemos algo muito importante: trabalhar pela unidade na União Europeia para que este trabalho nos permita ter espaço para mediação entre agora e o final do ano para que possamos encontrar uma saída que transmita a vontade democrática expressa nas urnas pelo povo venezuelano”, insistiu.

O Presidente do Governo de Espanha, Pedro Sánchez, discursa no Encontro Empresarial Espanha-China, no dia 10 de setembro de 2024, em Xangai (China).O Presidente do Governo de Espanha, Pedro Sánchez, discursa no Encontro Empresarial Espanha-China, no dia 10 de setembro de 2024, em Xangai (China).

O Presidente do Governo de Espanha, Pedro Sánchez, discursa no Encontro Empresarial Espanha-China, no dia 10 de setembro de 2024, em Xangai (China). – Créditos: @Pool Moncloa/Borja Puig de la Be

Sánchez afirmou que conceder asilo ao opositor venezuelano é “um gesto de humanidade“, um compromisso civil humanitário da sociedade espanhola e, por extensão, do seu governo com pessoas que infelizmente sofrem perseguições e repressão”, declarou em conferência de imprensa em Xangai.

A proposta no Congresso começou a ser debatida na tarde desta terça-feira, quando centenas de apoiadores da oposição venezuelana se manifestaram às portas do Congresso, gritando palavras de ordem contra o presidente Maduro e a favor de Maria Corina Machadoo líder da oposição, que delegou a candidatura a Edmundo González quando este foi desqualificado pelo poder.

Durante o debate, a deputada Cayetana Álvarez de Toledo, do PP, disse que a iniciativa serve “para promover a transição”e pediu a Sánchez que “trabalhasse para que no dia 10 de janeiro Edmundo González Urrutia tome posse e quem parta para o exílio seja Nicolás Maduro”.

Dezenas de pessoas durante manifestação em frente ao Congresso dos Deputados para reivindicar Edmundo González, presidente eleito da Venezuela, no dia 10 de setembro de 2024, em Madrid (Espanha).Dezenas de pessoas durante manifestação em frente ao Congresso dos Deputados para reivindicar Edmundo González, presidente eleito da Venezuela, no dia 10 de setembro de 2024, em Madrid (Espanha).

Dezenas de pessoas durante manifestação em frente ao Congresso dos Deputados para reivindicar Edmundo González, presidente eleito da Venezuela, no dia 10 de setembro de 2024, em Madrid (Espanha). – Créditos: @Fernando Sánchez – Europa Press

Por seu lado, a deputada socialista Cristina Narbona recordou, em nome do Governo, o precedente da Juan Guaidó, “a quem reconhecemos e não serviu para nada”.

Em postagem em sua conta X, María Corina Machado agradeceu aos parlamentares espanhóis pela medida e garantiu que A oposição venezuelana obteve “mais uma grande vitória”.

“O Congresso da Espanha reconhece Edmundo González como Presidente Eleito da Venezuela! Hoje obtivemos mais uma grande vitória. Seguimos em frente! “Nós, venezuelanos, agradecemos a cada um dos deputados, dos diferentes partidos, que votaram a favor da Soberania Popular, da democracia, da verdade e da Liberdade”, postou.

No domingo, González Urrutia chegou a Madrid num voo fretado pelo Governo espanhol para receber asilo político. Numa carta publicada segunda-feira nas suas redes sociais dirigida aos venezuelanos, este diplomata de 75 anos disse que tomou a decisão de partir “pensando na Venezuela”.

“Nosso destino como país não pode e não deve ser o de um conflito de dor e sofrimento”, ele afirmou.

González não apareceu publicamente desde que desembarcou na Espanha. Segundo José Vicente Haro, seu advogado, o opositor venezuelano tem restrições para fazer declarações públicas até conseguir regularizar a sua estadia no país europeu.

Agências AP, AFP e Reuters

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