Maio 10, 2025
O estrondoso fracasso de Maduro nos BRICS: o veto do Brasil, a foto que não foi e o eco do cerco internacional
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O estrondoso fracasso de Maduro nos BRICS: o veto do Brasil, a foto que não foi e o eco do cerco internacional #ÚltimasNotícias #Venezuela

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Com a sua exclusão do bloco, o ditador venezuelano enfrenta um panorama desanimador enquanto tenta conter o colapso económico e social na Venezuela (AFP)
Com a sua exclusão do bloco, o ditador venezuelano enfrenta um panorama desanimador enquanto tenta conter o colapso económico e social na Venezuela (AFP)

O ditador da Venezuela, Nicolás Madurosofreu uma derrota contundente no 16ª Cúpula do BRICS detido na cidade russa de Kazan, não conseguindo que o seu país fosse aceite como membro do grupo inicialmente constituído por Brasil, Rusia, India, China, Sudáfrica e, a partir de 2024, também por Etiópia, Irã, Egito e Emirados Árabes Unidos.

Apesar do apoio Vladímir Putino veto decisivo do Brasil foi fundamental para excluir a Venezuela do bloco, uma derrota diplomática que deixou o regime bolivariano ainda mais isolado do cenário internacional.

Com um desdobramento logístico que incluiu três aviões da companhia aérea estadual Conviasa e uma grande delegação, Maduro viajou para Kazan sem anunciar publicamente a sua saída da Venezuela, um país atolado numa profunda crise política e social desde fraude eleitoral Aconteceu há quase três meses. Assim, chegou à cidade russa um dia antes da cúpula, na tentativa de fortalecer sua imagem e garantir sua presença no evento.

Delcy Rodriguezseu vice-presidente, viajou anteriormente com a missão de convencer os membros do BRICS de que Maduro é um parceiro confiável e que a economia venezuelana mostra sinais de “recuperação”. No entanto, o resultado destes esforços foi desanimador: Maduro nem sequer apareceu na fotografia oficial da cimeira de 23 de outubro, apesar da sua alegada proximidade com os países membros.

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Fotografia dos membros oficiais do BRICS: o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed; o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi; o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa; O presidente chinês, Xi Jinping, o presidente russo, Vladimir Putin; o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, o presidente dos Emirados Árabes Unidos, xeque Mohamed bin Zayed Al Nahyan, o iraniano Masud Pezeshkian, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira (REUTERS)
Fotografia dos membros oficiais do BRICS: o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed; o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi; o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa; O presidente chinês, Xi Jinping, o presidente russo, Vladimir Putin; o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, o presidente dos Emirados Árabes Unidos, xeque Mohamed bin Zayed Al Nahyan, o iraniano Masud Pezeshkian, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira (REUTERS)

Os BRICS, um bloco inicialmente concebido como uma aliança estratégica de economias emergentes, transformaram-se num cenário onde figuras como Maduro vêem uma oportunidade para quebrar a sua crescente isolamento internacional.

Para o ditador chavista, aderir a esta aliança representava uma forma de evitar sanções internacionais e de assinar acordos de financiamento que pudessem aliviar a situação. Colapso econômico venezuelano. Os esforços do seu regime foram em vão e mostraram o seu crescente isolamento, mesmo entre países que anteriormente o consideravam um aliado.

Ele veto de Brasil no cume Ocorreu num contexto de deterioração das relações diplomáticas entre Brasília e Caracas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou repetidamente preocupação com a legitimidade do mandato de Maduro, especialmente depois das controversas eleições presidenciais de 28 de julho, que, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlada pela ditadura, resultou na reeleição do líder chavista.

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Um dos principais motivos que levaram o Brasil a vetar a inclusão da Venezuela nos BRICS, segundo Celso Amorimassessor especial da presidência brasileira, foi uma “quebra de confiança” com Maduro.

Amorim explicou que o regime chavista não cumpriu uma promessa fundamental, o que resultou na decisão do Brasil de bloquear a entrada da Venezuela durante a cúpula.

Celso Amorim, assessor especial da presidência brasileira (REUTERS/Andressa Anholete)
Celso Amorim, assessor especial da presidência brasileira (REUTERS/Andressa Anholete)

A questão com a Venezuela não tem a ver com democracia, mas com quebra de confiança. Eles nos disseram uma coisa e não foi feito“, observou ele em entrevista ao O Globo.

Após as eleições presidenciais venezuelanas, Lula da Silva enviou Amorim a Caracas para se encontrar com Maduro, que prometeu entregar o Minuta da CNE que confirmou sua reeleição.

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Porém, essa ata nunca foi apresentada, o que alimentou a desconfiança no governo brasileiro.

Agimos de boa fé, mas com a Venezuela a confiança foi quebrada“Ressaltou Amorim, acrescentando que embora o Brasil deseje voltar a ter uma relação de confiança com a Venezuela, o não cumprimento desta promessa foi decisivo para impedir a sua entrada no BRICS.

A rejeição do Brasil não foi uma decisão isolada. Desde o início do novo mandato de Lula, as tensões entre Brasília e Caracas vêm aumentando.

Segundo a imprensa brasileira, Lula já perdeu a paciência com Maduro e desde então 10 de janeiroquando o novo mandato presidencial começar na Venezuela, o Brasil deixará de reconhecer Maduro como o legítimo chefe de Estado do país.

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Embora não seja esperada uma ruptura total, haverá um “resfriamento profundo”nas relações diplomáticas entre os dois países, disseram fontes brasileiras.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, com o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, no Palácio do Planalto, em Brasília (EFE/André Coelho)
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, com o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, no Palácio do Planalto, em Brasília (EFE/André Coelho)

A resposta do regime venezuelano ao veto do Brasil foi imediata. O Itamaraty emitiu um comunicado qualificando a decisão como uma “agressão inexplicável” e acusou Lula da Silva de manter as políticas de exclusão promovidas pelo seu antecessor. Jair Bolsonaroe alinhar-se com as “forças ocidentais” que procuram desestabilizar a Venezuela.

O documento também criticava o papel do Brasil na região, sugerindo que a decisão de banir a Venezuela traiu a “natureza inclusiva” dos BRICS.

Apesar do fracasso, Maduro tentou projetar uma imagem de sucesso durante a cimeira. Nas suas declarações públicas, destacou as reuniões que manteve com Vladimir Putin, o presidente turco. Recep Tayyip Erdogan e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.

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As tensões entre Brasil e Venezuela não estão relacionadas apenas às disputas eleitorais. Um dos factores que deterioraram as relações entre os dois países é a recusa do regime de Maduro em cooperar em casos como o do seis oponentes venezuelanos que permanecem refugiados na embaixada argentina em Caracas, que está sob controle brasileiro.

Nas suas declarações públicas, Maduro destacou as reuniões que manteve com Vladimir Putin, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan e o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas (REUTERS)
Nas suas declarações públicas, Maduro destacou as reuniões que manteve com Vladimir Putin, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan e o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas (REUTERS)

Apesar dos repetidos pedidos de Brasília para que fosse concedida uma passar Para estes líderes da oposição, Maduro ignorou estes pedidos.

O distanciamento ficou ainda mais evidente quando o procurador-geral imposto pela ditadura Tarek William Saabacusou Lula e o presidente do Chile, Gabriel Boricde serem “agentes da CIA”, o que exacerbou ainda mais as tensões.

Estas declarações foram interpretadas como um grito de desespero face à pressão internacional que o regime venezuelano enfrenta, especialmente dos seus vizinhos sul-americanos. Embora o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, tentou minimizar essas acusações, as relações entre Brasil e Venezuela já estavam seriamente prejudicadas.

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Maduro e Xi Jinping no Brics, em Kazan

Durante a cimeira de Kazan, Maduro também procurou o apoio de outros líderes internacionais.

Num breve encontro num dos salões do edifício o ditador chavista trocou algumas palavras com o chefe de Estado chinês Xi Jinping.

Você é um amigo sincero, estamos defendendo a mesma causa. A causa de um destino compartilhado“Maduro lhe disse, enquanto observava a reação de Xi durante as pausas.

A resposta de Xi foi breve: “Somos amigos de ferro, estaremos sempre em contato”, acompanhado de um sorriso forçado que encerrou um encontro que durou apenas um minuto.

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Apesar do apoio de Putin, o apoio da Rússia revelou-se insuficiente para dar a Maduro a legitimidade e o impulso económico que ele anseia na cena global.

Embora o presidente russo tenha elogiado os laços “sólidos” entre Moscovo e Caracas, descrevendo a Venezuela como um “parceiro antigo e confiável”Na América Latina, esse apoio foi puramente simbólico.

As alianças entre os dois países em sectores como a energia e a tecnologia não conseguiram oferecer soluções práticas ou investimentos significativos para ajudar Maduro a lidar com a crise. crisis econômica do seu regime.

Desde o início das sanções internacionais contra a liderança chavista, o ditador caribenho depende da ajuda económica da Rússia e da China para manter a sua economia enfraquecida à tona.

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Maduro e Putin nos BRICS

Embora Putin tenha manifestado o desejo de que a Venezuela se junte aos BRICS no futuro, deixou claro que a decisão final depende do consenso de todos os membros do bloco.

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