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Oposição venezuelana mantém contactos em Lisboa para reconhecimento expresso de González #ÚltimasNotícias #Venezuela

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Lisboa, 16 out (EFE).- Uma delegação da oposição venezuelana iniciou esta quarta-feira uma ronda de contactos com os partidos políticos de Portugal para que o país ibérico reconheça expressamente “a vitória eleitoral de Edmundo González Urrutia” e apoie os seus esforços para uma maior reconhecimento internacional.

A delegação é chefiada pelo ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma e José Antonio Vega, coordenador na Espanha do comando de campanha das líderes da oposição venezuelana María Corina Machado e González Urrutia.

Ledezma e Vega, acompanhados por líderes da comunidade venezuelana em Portugal, reuniram-se hoje com dirigentes do CDS-Partido Popular, uma das formações que compõem a aliança conservadora no Governo português, e com o líder da Iniciativa Liberal (IL ), Rui Rocha.

A IL está precisamente por detrás de uma proposta de resolução que será votada esta quarta-feira na Assembleia da República (Parlamento português) “para o reconhecimento internacional de Edmundo González Urrutia como vencedor das eleições presidenciais venezuelanas de 28 de julho de 2024”.

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O Governo de Portugal não reconhece Nicolás Maduro como o presidente reeleito da Venezuela porque os registos eleitorais não foram publicados, mas não reconheceu expressamente González Urrutia como o vencedor das eleições presidenciais.

Como a EFE pôde verificar, durante o encontro desta quarta-feira com Rocha, Ledezma e Vega explicaram a situação na Venezuela e o atualizaram sobre seus esforços para conseguir apoio internacional para González Urrutia.

Após a reunião, Ledezma disse que o objectivo destes contactos é “buscar a solidariedade do povo de Portugal, do Governo de Portugal e dos líderes das diferentes forças políticas em Portugal”.

“A Venezuela precisa hoje de um abraço solidário e eficaz por parte da comunidade portuguesa”, afirmou o antigo presidente da Câmara de Caracas em declarações à EFE.

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Ledezma esclareceu que “este não é um problema ideológico”, já que vão falar com todas as forças políticas portuguesas, tanto de direita, como de centro e de esquerda, “porque acima destas barreiras ideológicas estão os direitos humanos que Maduro está a violar na Venezuela”.

Lembrou o peso da comunidade portuguesa no país latino-americano e sublinhou que são pessoas que sofrem em primeira mão “a tragédia humanitária”.

Ledezma acompanhou González Urrutia na semana passada durante uma visita a Portugal, pouco divulgada, na qual se encontraram com o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, e com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

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Com seus contatos atuais, o opositor destacou que busca a aprovação da resolução proposta pela IL “reconhecendo a vitória de Edmundo González”.

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Seria “mais um passo, porque o facto de o Governo de Portugal e os líderes políticos e a sociedade civil de Portugal não reconhecerem a proclamação arbitrária de Maduro – observou – significa que estão automaticamente a reconhecer que o vencedor indiscutível das eleições de 28 de julho é Edmundo González Urrutia”.

Por sua vez, Rocha afirmou, quando questionado pela EFE, que desde o primeiro momento das eleições na Venezuela o seu partido “esteve sempre” ao lado de Machado e González Urrutia e por isso continuará a ajudar o povo venezuelano.

“O que vamos discutir hoje é precisamente esse mais passo de que falava o António, dar mais um impulso a esta causa da liberdade e da democracia, reconhecendo Edmundo como presidente legítimo”, observou o político português, que, no entanto, admitiu ter duvida que a sua resolução vá por diante.

A delegação venezuelana permanecerá em Portugal até amanhã, quinta-feira, onde prevê manter contactos com outros grupos como o Partido Social Democrata (PSD), no poder, do Montenegro, e o Partido Socialista (PS), entre outros.

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(c) Agencia EFE

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