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Caracas, 15 de outubro (EFE).- O Partido Comunista da Venezuela (PCV) apelou aos cidadãos para que empreendam “ações cívicas” para “restabelecer” a validade da Constituição, uma vez que consideram que o Governo e as instituições do Estado violam esse texto, segundo às declarações da direção da formação divulgadas esta terça-feira.
“Propomos ao povo venezuelano a necessidade de fortalecer os processos de organização, mobilização e luta para restaurar a validade da Constituição”, disse Óscar Figuera, secretário-geral do PCV, que representa o lado tradicional e maioritário do partido, intervindo pelo Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) desde agosto de 2023.
“Diante de uma violação flagrante da Constituição, o que resta é a ação cívica, democrática e aberta do nosso povo exigindo os seus direitos”, continuou.
Estas declarações respondem à decisão do Supremo Tribunal de rejeitar os pedidos de revisão da validação do resultado das eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Nicolás Maduro – no poder desde 2013 – vencedor. que foi apontado como fraudulento pela oposição maioritária.
O TSJ “produz um novo golpe jurídico contra os direitos do povo venezuelano (…), estamos diante de uma decisão que faz parte da conspiração do poder estabelecido contra a soberania popular”, afirmou.
Diante disso, Figuera acredita que é necessário “promover a construção de espaços amplos e unitários no movimento social e na frente política” para exigir a restituição da Constituição, citando o artigo da Carta Magna que obriga os venezuelanos a colaborar na restauração deste quadro jurídico.
“Porque tudo indica que o Governo e as instituições do Estado estão a agir com outra Constituição, não só estão a violar a Constituição, mas as suas ações, incluindo as do TSJ, indicam-nos que estão a agir com uma Constituição diferente, o que nós fazemos não sei”, ressaltou.
Neste comunicado, o PCV exigia também a “imediata liberdade de todos os presos por combate”, numa referência aos mais de 2.400 venezuelanos que – segundo o Executivo – foram detidos no contexto da crise desencadeada após as eleições, alguns deles em protestos de rua.
(c) Agencia EFE
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