Poliomielite em Gaza, Venezuela, Nicarágua… Notícias de terça-feira #ÚltimasNotícias #Venezuela

Mais de 160 mil crianças em Gaza já foram vacinadas contra a poliomielite

As agências da ONU já vacinaram mais de 160 mil crianças contra a poliomielite em Gaza, ultrapassando a meta de 156.000 nos primeiros dois dias.

As famílias em Gaza estão a acorrer aos centros de vacinação para imunizar os seus filhos, depois do primeiro caso da doença num bebé ter sido notificado em Agosto.

“Por enquanto as coisas estão indo bem. É apenas o terceiro dia. As pausas humanitárias em áreas específicas estão a funcionar por enquanto. Esperamos que isto continue e que todas as partes contribuam e que este esforço possa continuar. Temos pelo menos mais 10 dias restantes”, disse o Dr. Richard Peeperkorn, porta-voz da OMS.

A campanha conjunta do Ministério da Saúde, da OMS, da UNICEF, da UNRWA e de outros parceiros será realizada em fases, concentrando-se numa área de cada vez. Começou no centro da Faixa, antes de se deslocar para o sul e, finalmente, para as províncias do norte.

Cerca de 2.180 profissionais de saúde e agentes comunitários de sensibilização foram formados para vacinar e informar as comunidades sobre a campanha, que está a ser realizada através de 392 pontos fixos e quase 300 equipas móveis.

O objetivo final é vacinar 640 mil crianças.

O Gabinete de Direitos Humanos denunciou o “clima de medo” que existe na Venezuela depois que as autoridades ordenaram a prisão do principal candidato da oposição, Edmundo González.

“Pessoas estão sendo detidas por expressarem o seu direito à participação política, à liberdade de expressão e à liberdade de reunião. Há um clima de medo no país neste momento. “Pedimos ao Governo que garanta que todas as medidas sejam tomadas de acordo com o direito internacional dos direitos humanos, com transparência, e que sejam tomadas medidas para resolver pacificamente este conflito”, disse a porta-voz Ravina Shamdasani.

O painel de peritos eleitorais destacados pela ONU na Venezuela afirmou no seu relatório preliminar que o processo de gestão dos resultados das eleições presidenciais de 28 de julho pelo Conselho Nacional Eleitoral não cumpriu as medidas básicas de transparência e integridade que são essenciais para a realização de eleições credíveis.

Na Nicarágua, a situação dos direitos humanos deteriorou-se gravemente desde o ano passado, com um aumento de casos de detenções arbitrárias, intimidação de opositores, maus-tratos sob custódia e ataques contra povos indígenas.

Segundo um relatório publicado esta terça-feira pelo Gabinete dos Direitos Humanos, “a perseguição aos opositores do Governo ou àqueles considerados vozes dissidentes tem-se expandido e intensificado progressivamente”.

Em Maio de 2024, 131 pessoas consideradas opositores estavam sob detenção arbitrária, um aumento acentuado em comparação com as 54 do ano anterior. Em junho e julho de 2024, ocorreram mais 10 prisões arbitrárias.

O relatório também documenta 12 casos de tortura e maus-tratos durante a detenção.

“É preocupante ver como o espaço cívico continua a ser seriamente erodido na Nicarágua e como o exercício dos direitos civis e políticos fundamentais se está a tornar cada vez mais difícil. “O Alto Comissário insta o Governo a libertar imediatamente todas as pessoas detidas arbitrariamente, garantir julgamentos justos e processos justos para as pessoas acusadas, e um regresso seguro e voluntário para as pessoas exiladas”, disse o porta-voz Thameen Al-Kheetan.

ONU pede aos Houthis que libertem trabalhadores detidos arbitrariamente

Esta sexta-feira marcam três meses desde que seis trabalhadores da ONU no Iémen foram detidos pelas autoridades de facto de Ansar Allah, também conhecidos como Houthis.

Os seis funcionários dos Direitos Humanos – uma mulher e cinco homens – foram presos em 6 de Junho, juntamente com outros sete funcionários da ONU. Dois outros responsáveis ​​pelos direitos humanos e dois colegas de outras organizações da ONU foram detidos pelas autoridades de facto desde 2021 e 2023, respetivamente, elevando o número total de detidos no país para 17 pessoas.

O seu paradeiro permanece desconhecido e as autoridades Houthi de facto não permitiram o acesso físico a nenhum deles, apesar dos nossos repetidos pedidos.

O Alto Comissário exigiu a sua libertação imediata e incondicional.