Tribunal na Argentina ordena prisão do presidente da Venezuela e seu braço direito | Ap-world #ÚltimasNotícias #Venezuela

BUENOS AIRES, Argentina (AP) — Um tribunal federal na Argentina ordenou na segunda-feira a prisão “imediata” do presidente venezuelano Nicolás Maduro e do ministro do Interior, Diosdado Cabello, por supostos crimes contra a humanidade cometidos contra dissidentes.

A ordem judicial veio em resposta a um recurso do promotor argentino Carlos Stornelli depois que uma decisão anterior rejeitou a queixa contra os dois líderes venezuelanos.

Os membros do tribunal federal Pablo Bertuzzi, Leopoldo Bruglia e Mariano Llorens determinaram que “os mandados de prisão de Nicolás Maduro e Diosdado Cabello sejam executados imediatamente, e que sua prisão internacional seja ordenada via Interpol para fins de extradição para a República Argentina”, de acordo com a resolução.

A ordem foi emitida horas depois de a Suprema Corte da Venezuela emitir um mandado de prisão para o presidente argentino Javier Milei em meio a uma controvérsia entre os dois países sobre a detenção em território argentino — e entrega aos Estados Unidos — de um avião de carga que, segundo Washington, foi vendido por uma companhia aérea iraniana sancionada a uma empresa estatal venezuelana.

A retribuição aumenta as tensões entre Venezuela e Argentina, que vêm crescendo desde que o extremista de direita Milei assumiu o poder em dezembro e que levaram ao colapso das relações diplomáticas.

O caso contra Maduro e seu braço direito foi levado aos tribunais argentinos pelo Fórum Argentino para a Democracia na Região, FADER, no início de 2023, levando em consideração a jurisprudência argentina sobre direitos humanos e o princípio da jurisdição universal que permite ações contra crimes contra a humanidade, mesmo que tenham sido cometidos fora de suas fronteiras.

Segundo os autores, um plano sistemático de repressão, desaparecimento forçado de pessoas, tortura, homicídios e perseguição contra dissidentes está em vigor na Venezuela desde 2014.

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