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A oposição venezuelana voltará às ruas amanhã para protestar contra a proclamação da Nicolás Maduro como vencedor das eleições presidenciais no final de julho. O comitê eleitoral do candidato opositor Edmundo González Urrutia (Com a Venezuela) foram divulgados os pontos em que, em várias cidades do país, serão denunciadas as faltas de publicação dos registros eleitorais (“actas”) pelo Conselho Nacional Eleitoral (Cne), exatamente um mês após o encerramento das urnas.
“Na quarta-feira nos mobilizaremos em toda a Venezuela para demonstrar mais uma vez que vencemos e venceremos porque os votos derrotam as sentenças” (“Actas mata sentencencias”), lemos na nota que se refere à sentença com a qual o Tribunal Suprema de Justiça (Tsj) declarou “polêmica” a vitória de Maduro declarada pelo Cne.
Na segunda-feira, em mensagem de áudio transmitida nas redes sociais, a líder oposicionista Maria Corina Machado garantiu que chegou a hora de certificar o sucesso nas urnas: “Chegamos um mês depois da vitória de 28 de julho. O fim do regime de horror se aproxima, mas primeiro precisamos lucrar com nossa vitória”. As manifestações estão convocadas a partir das 10h (18h na Itália) e em muitas cidades, incluindo Caracas, uma hora depois. Na capital, a concentração será novamente na Avenida Francisco Miranda, uma das principais artérias da cidade metropolitana.
A frente antigovernamental, acompanhada por grande parte da comunidade internacional, continua pedindo que sejam publicados os dados que respaldam a suposta vitória de Maduro, alegando — graças ao escrutínio realizado pelos representantes de lista presentes em quase todas as cadeiras do país — uma clara vitória de González Urrutia. Relatos de irregularidades no procedimento de contagem e apuração, com dúvidas a ponto de invalidar o resultado proclamado pelo CNE, também foram expressos pelo painel de especialistas das Nações Unidas e pelo Carter Center, os dois principais órgãos observadores convidados por Caracas para examinar o processo. Por último, também Juan Carlos Delpinomembro do CNE falou de irregularidades “graves” nos procedimentos, dizendo que não podia falar em vitória de Maduro.
Este não é o primeiro chamado de rua feito por Machado e González, que – com o apoio de organismos nacionais e internacionais de defesa dos direitos humanos – também denunciam a contínua “perseguição” por parte das forças de segurança. O último levantamento realizado pela organização não governamental “Foro penal” fala de 1.674 detenções realizadas desde o início dos protestos (das quais 216 mulheres, 155 soldados e 107 adolescentes), falando de um número recorde de “presos políticos” no último século. Estamos falando de uma gama que vai desde a prisão sem mandado de prisão, até a apreensão de celulares e documentos, desde a proibição da presença de advogados particulares até espancamentos físicos e o desaparecimento de cidadãos. A ação afeta alguns membros destacados da oposição, ativistas, simpatizantes, funcionários, representantes de listas, mas também jornalistas e correspondentes estrangeiros.
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