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(CNN Espanhol) – O Governo da Venezuela convocou esta quarta-feira o encarregado de negócios do Brasil e o seu embaixador, Manuel Vadell, para manifestarem o seu repúdio às declarações do assessor especial brasileiro para as relações exteriores, Celso Amorim, informou o Itamaraty em comunicado.
“Dedicou-se impertinentemente a emitir juízos de valor sobre processos que só correspondem aos venezuelanos e às suas instituições democráticas, o que constitui uma agressão constante”, descreve a carta.
A CNN está tentando entrar em contato com o Itamaraty para saber sua resposta a essas acusações. Até o momento, a instituição não se pronunciou sobre o assunto.
Amorim, diplomata de carreira que já foi ministro das Relações Exteriores durante as presidências de Itamar Franco (1993-1994) e Lula da Silva (2003-2010), além de chefe da Defesa de Dilma Rousseff (2011-2014), é um dos dos funcionários mais influentes na política externa brasileira do atual governo Da Silva. A partir deste cargo, além de ter sido enviado por Brasília para tentar mediar a crise política venezuelana, tem mantido contatos com outros governos para discutir a situação pós-eleitoral na Venezuela.
O presidente do Parlamento venezuelano pedirá a declaração de “persona non grata”; a Celso Amorim, assessor do Governo de Lula da Silva
O Governo brasileiro não reconheceu a vitória do presidente Nicolás Maduro, anunciada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela após as eleições de 28 de julho (sem apresentar os resultados detalhados por estado e centro de votação), e vetou a incorporação da Venezuela ao BRICS na recente cimeira realizada na Rússia.
Na terça-feira, numa sessão com legisladores do seu país, Amorim disse que o Brasil se opôs à entrada da Venezuela nos BRICS porque há “inquietude” sobre a forma como foi conduzido o processo eleitoral venezuelano. “Espero que possa ser dissolvido à medida que as coisas se normalizem”, disse Amorim, conforme noticiado pela CNN Brasil, afiliada da CNN.
Há uma semana, no dia 21 de outubro, Amorim disse à CNN Brasil: “Não defendo a entrada da Venezuela. Acho que você tem que ir devagar. Não adianta encher (os BRICS) de países, caso contrário um novo G-77 será criado em breve.”
Num comunicado separado, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, anunciou que irá solicitar que Amorim seja declarado persona non grata, o que implicaria que seria proibido de qualquer visita ao país.
O posto Venezuela chama seu embaixador no Brasil para consultas; acusa assessor de Lula da Silva de “agressão” por declarações sobre eleições publicadas pela primeira vez na CNN.
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