Venezuela e Brasil revisam relações bilaterais em reunião entre seus chanceleres #ÚltimasNotícias #Venezuela

Nações Unidas, 26 set (EFE).- Os ministros das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, e do Brasil, Mauro Vieira, reuniram-se esta quinta-feira à margem da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, onde falaram sobre as relações entre seus países, retomado em janeiro de 2023 com o retorno de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência do gigante sul-americano.

“Realizamos uma reunião com o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, no âmbito da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Conversamos sobre relações bilaterais, bem como sobre geopolítica regional e global”, disse Gil no Telegram, sem dar mais detalhes sobre o conteúdo da reunião.

Esta reunião ocorreu num momento em que Lula – aliado histórico do chavismo – ainda não reconheceu a vitória do seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, proclamada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) nas eleições de 28 de julho passado, cujos resultados ainda são desconhecido de forma desagregada.

Apesar da “validação” da referida reeleição pelo Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela (TSJ), Lula, tal como o seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, acredita que só a divulgação integral dos resultados dará total “credibilidade” ao processo.

Por sua vez, Petro garantiu esta quarta-feira que o seu país e o Brasil não reconhecerão a vitória de Maduro se a ata não for apresentada.

Na segunda-feira passada, Gil reuniu-se com o seu homólogo colombiano, Luis Gilberto Murillo, após o que garantiu, numa mensagem publicada no Telegram, que a Venezuela mantém canais de comunicação “constantes” com o Executivo Petro.

Enquanto isso, a maioria antichavista – agrupada na Plataforma Democrática Unitária (PUD) – insiste que o seu porta-estandarte, Edmundo González Urrutia, foi o vencedor das eleições, e para apoiar a sua afirmação publicou num site os “83,5% das atas” que afirma ter recolhido no dia das eleições através de pessoas que foram testemunhas e membros das mesas de voto. EFE

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