Setembro 20, 2024
Venezuela: Forças de segurança venezuelanas cercam a Embaixada da Argentina em meio a tensões crescentes
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As forças de segurança venezuelanas cercaram esta noite a Embaixada da Argentina em Caracas, onde se refugiam seis assessores de campanha da principal líder da oposição, María Corina Machado. Noutras ocasiões, as autoridades cortaram a energia e mostraram uma atitude ameaçadora diante da sede diplomática, mas nunca tinham mobilizado uma operação desta dimensão. A ministra da Segurança argentina, Patricia Bullrich, afirmou em declarações à imprensa que o Sebin, o serviço secreto venezuelano, cerca o edifício “com o objetivo de entrar e violar todas as regulamentações internacionais”.

“Estamos consternados com o que está acontecendo, a possível incursão e tomada da embaixada argentina, que neste momento está sob a bandeira do Brasil. (…). Este é um apelo a toda a comunidade internacional, a todos os venezuelanos, para resistirem a esta brutalidade do regime absolutamente autoritário e ditatorial de Maduro. Nós, argentinos, estamos absolutamente determinados a não permitir que nossa embaixada seja tomada ou interferida”, disse Bullrich.

Os próprios refugiados foram os primeiros a dar o alarme. Pedro Urruchurtu, coordenador internacional do Vente Venezuela – partido de Machado – foi o primeiro a denunciar a situação através da sua conta na rede social X a partir das 20h de sexta-feira. “Patrulhas do Sebin e do DAET, juntamente com oficiais encapuzados e armados, cercam e sitiam a residência argentina em Caracas”, escreveu Urruchurtu. Os responsáveis ​​também cortaram o fornecimento de energia à sede diplomática, como em ocasiões anteriores. Três horas depois da primeira mensagem, Urruchurtu avisou sobre a chegada de mais policiais.

Além de Urruchurtu, estão também Magalli Meda, gestora de campanha para as eleições presidenciais e braço direito de Machado; Claudia Macero, Coordenadora de Comunicação da Vente; Omar González, ex-deputado; Humberto Villalobos, coordenador eleitoral do comando; e o ex-ministro Fernando Martínez Mottola, assessor. Todos eles foram estrategistas importantes na campanha da oposição, apesar de estarem confinados.

O Brasil assumiu a custódia da embaixada argentina em Caracas no dia 1º de agosto, quando as relações entre os governos de Nicolás Maduro e Javier Milei foram rompidas e foi ordenada a expulsão de todo o pessoal diplomático. Os seis refugiados estavam prestes a ficar no limbo, à mercê da justiça chavista que os acusa de terrorismo, quando Lula da Silva mediou. Foi um momento em que havia maiores expectativas de que os esforços das potências de esquerda da América Latina – Brasil, Colômbia e México – pudessem impulsionar uma negociação política para a crise desencadeada na Venezuela após a questionada proclamação de Maduro sem terem apresentado provas da resultados.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva insistiu nesta sexta-feira, mais uma vez, que Maduro deve provar que ganhou as eleições. “Acho que o comportamento de Maduro é decepcionante”, declarou Lula em entrevista à rádio. O cerco das forças de segurança ocorre logo depois de Javier Milei ter pedido ao Tribunal Penal Internacional a emissão de um mandado de detenção “contra Maduro e outros líderes do regime”, tendo em conta a investigação que está a ser realizada naquela instância e o agravamento da situação dos direitos humanos. situação na Venezuela após as eleições. A Argentina havia desistido do processo do TPI em 2021, durante o governo de Alberto Fernández. Nesta sexta-feira, o Uruguai também se juntou ao caso que investiga supostos crimes contra a humanidade na Venezuela.

Esta sexta-feira, cerca de trinta ex-presidentes da América Latina e de Espanha também apresentaram uma carta em Haia na qual pediam ao procurador Karim Khan que emitisse mandados de prisão contra Maduro e o número dois do chavismo, Diosdado Cabello, recentemente nomeado ministro do Interior e da Justiça. Entre os signatários estão Felipe González, José María Aznar e Mariano Rajoy; além dos colombianos Álvaro Uribe e Iván Duque; o argentino Mauricio Macri; o mexicano Vicente Fox ou o boliviano Carlos Mesa.

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