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- Autor, Redacción
- Título do autor, BBC News Mundo
O governo da Venezuela suspendeu os voos diretos com o Chile, um dia depois de o presidente chileno, Gabriel Boric, ter acusado o seu homólogo Nicolás Maduro de “roubar” as eleições de 28 de julho, num discurso perante a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).
O Instituto Nacional de Aeronáutica Civil da Venezuela (INAC) emitiu uma notificação oficial na quarta-feira na qual anunciou que “as operações de transporte aéreo comercial de passageiros de e para a República do Chile estão suspensas”.
A declaração não explica o motivo da medidaa, mas a suspensão dos voos com o Chile aumenta o nível de tensão diplomática que existe desde as últimas eleições no país caribenho.
Por sua vez, O governo chileno lamentou a decisão da Venezuela de suspender os voos entre os dois países.
“Esta é uma decisão unilateral que coloca mais uma vez quase 800 mil venezuelanos residentes no nosso país numa situação de vulnerabilidade. É uma acção injustificada e que lamentamos”, disse um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Chile numa breve mensagem. .
No seu discurso de quarta-feira perante a ONU, Gabriel Boric voltou a questionar os resultados das eleições presidenciais na Venezuela que deram a vitória a Nicolás Maduro, sem que as actas das tabelas de votação tenham sido publicadas até agora.
“O Chile está especialmente atento à situação crítica que vive a Venezuela. “Estamos perante uma ditadura que pretende roubar eleições, que persegue os seus opositores e que é indiferente ao exílio não de milhares, mas de milhões dos seus cidadãos”, afirmou o presidente chileno.
Acrescentou que a crise política e económica no Venezuela expulsou mais de 7 milhões de venezuelanos do paísdos quais cerca de 800.000 estão no Chile.
“Por responsabilidade, devo ser claro neste ponto: o Chile não está em condições de receber mais migração”, concluiu Boric.
Menos conectividade com o mundo
A suspensão por tempo indeterminado de voos com o Chile entrará em vigor a partir deste fim de semana com o cancelamento da venda de passagens para seus voos entre Caracas e Santiago.
Com isso, a Venezuela reduz em 54% sua conectividade com o mundo, segundo a presidente da Associação de Companhias Aéreas da Venezuela (ALAV), Marisela de Loaiza, ao site de notícias Estudio Cocuyo.
“Dos 181 voos internacionais semanais que existiam antes, restavam 83, ou seja, menos 98, o que equivale a cerca de 15 mil lugares semanais que já não estão disponíveis”, disse aos meios de comunicação venezuelanos.
A Venezuela vinha recuperando a conectividade com outros países após a pandemia depois que, desde 2014, as frequências semanais dos voos internacionais diminuíram.
Se em 2013 existiam cerca de 352 voos internacionais por semana, em 2019 o número caiu para apenas 100.
Isto deveu-se à saída gradual das companhias aéreas do país devido à “impossibilidade de repatriar fundos para os seus países de origem”, bem como à “queda do mercado”, segundo a Associação de Companhias Aéreas da Venezuela (ALAV).
A medida que deixa em terra os voos para o Chile se soma à cessação temporária das operações aéreas com Panamá, República Dominicana e Peru ordenada por Maduro em resposta às críticas desses governos ao questionado resultado eleitoral que o proclamou presidente.
Este despacho, em vigor desde 31 de julho, foi explicado pelo INAC – numa mensagem na rede social
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