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- Autor, Redacción
- Título do autor, BBC News Mundo
Anais recuperou a energia elétrica de sua casa em Altamira, no estado de Miranda, na Venezuela, depois de 10 horas sem energia enquanto grande parte de sua família ainda estava sem energia elétrica.
Foi às 5 da manhã desta sexta-feira, na hora de levantar, que Anais percebeu que seu ventilador havia parado de funcionar. Ele logo percebeu que o problema não estava apenas em sua casa, mas que toda a área estava às escuras.
“Olhei pela janela e não vi nada. Eu pensei que poderia ser um apagão“Esta venezuelana conta à BBC Mundo, que perdeu a conexão com a internet durante grande parte do dia, mas conseguiu se manter informada através dos dados móveis do seu celular.
Ele apagão ocorreu às 4 da manhãem pelo menos 20 dos 23 estados do país, além de Caracas, embora as informações oficiais não sejam precisas sobre sua abrangência.
Na manhã desta sexta-feira, o ministro da Comunicação e Informação, Freddy Ñáñez, informou que o apagão estava se espalhando por todo o país e atribuiu o fato a um “sabotar” da oposição, mas sem fornecer provas.
“Fomos vítimas, mais uma vez, de uma sabotagem elétrica“, disse o ministro.
O líder da oposição Juan Pablo Guanipa respondeu na rede social
Mais tarde, o Ministro do Interior, Cabelo Diosdadorecentemente nomeado para o cargo, disse que o serviço vai começar a normalizar-se na capital e acrescentou que vai “chegar aos poucos a todo o território nacional”.
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, anunciou esta sexta-feira que o governo ativou o “Plano Centella”, que explicou consistir em disponibilizar transporte para que os cidadãos possam circular.
“Implementamos o Plano Centelaesse é um plano que temos para cobrir qualquer situação a nível nacional. Neste caso de transporte e patrulhamento, retiramos todas as unidades motorizadas, caminhões, veículos táticos e não táticos, civis, para apoiar as pessoas em seu movimento”, explicou Padrino López em contato telefônico com o canal estatal VTV.
Acrescentou ainda que as Forças Armadas estariam “agindo em coordenação com todos os órgãos de segurança cidadã”.
Como pôde confirmar a BBC Mundo, algumas partes do país, como no leste da região metropolitana de Caracas, começaram a recuperar energia enquanto em outras, como em Maracaibo, no estado de Zulia, dezenas de famílias permaneceram em o momento do fechamento desta nota sem luz.
O apagão ocorre no meio de uma dura crise política, depois de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter proclamado o presidente Nicolás Maduro vencedor das eleições de 28 de julho, sem mostrar os registos eleitorais ou dados desagregados.
Razões para o apagão
Nem Cabello nem Ñáñez especificaram em que parte do sistema elétrico a falha ocorreu. Ainda não se sabe se foi nas torres, linhas de transmissão ou usinas de geração de energia.
Nem a estatal Corporação Elétrica Nacional deu detalhes dos problemas que causaram a falha.
Em resposta aos apagões anteriores, o governo apontou como causas a sabotagem nas linhas de transmissão e o desabamento de torres, explicações que foram questionadas por vários especialistas, que identificam o principal problema na falta de manutenção e no desinvestimento no sistema elétrico.
O país sofre frequentemente com cortes de energia, embora normalmente não ocorram à escala nacional como esta sexta-feira.
Já nos dias anteriores, uma série de pequenos apagões afetou alguns estados e quedas de tensão foram sentidas em vários pontos de Caracas.
“No meu consultório sentimos uma queda de energia na tarde de quinta-feira que desligou os equipamentos e as luzes do local”, conta Anais.
A ministra da Ciência, Gabriela Jiménez, afirmou em comunicado que estão operacionais hospitais, bem como unidades de emergência, unidades de cuidados intensivos, áreas cirúrgicas, unidades de diálise e bancos de sangue.
O apagão afetou algumas operações importantes da companhia petrolífera estatal PDVSA, incluindo o seu maior terminal, onde o carga e descarga de navios foram interrompidas por várias horas, conforme registrado pela Reuters.
A sede da PDVSA em Caracas perdeu energia, mas o maior complexo de refino da empresa, Paraguaná, não foi afetado porque a sua própria central eléctrica estava operacional, disseram as fontes.
Ele último grande apagão foi em 2019quando a Venezuela sofreu três cortes de energia nacionais, alguns dos quais duraram até três dias, as autoridades também atribuíram isso a ataques à rede por opositores de Nicolás Maduro.
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