Setembro 19, 2024
Venezuela revoga custódia do Brasil sobre missão diplomática que abriga 6 opositores de Maduro | Ap-top-news
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CARACAS, Venezuela (AP) — O governo da Venezuela disse no sábado que o Brasil não pode mais representar os interesses diplomáticos da Argentina no país, colocando em risco vários opositores antigovernamentais que estão confinados há meses na residência do embaixador argentino em busca de asilo.

O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela disse em um comunicado que havia notificado o Brasil sobre sua decisão, que entrará em vigor imediatamente. Ele disse que foi forçado a tomar medidas com base no que chamou de evidências — que não compartilhou — de que aqueles que buscaram refúgio na missão diplomática da Argentina estavam conspirando para realizar atos “terroristas”, incluindo o assassinato do presidente Nicolás Maduro e seu vice-presidente.

A ação de sábado é a mais recente explosão de atrito entre os países. O presidente da Argentina está entre os que lideram a acusação contra Maduro sobre supostas tentativas de roubar a eleição presidencial de julho. As autoridades eleitorais declararam Maduro o vencedor, apesar das fortes evidências coletadas nas urnas pela oposição de que ele prevaleceu por uma margem de mais de 2 para 1. Desde a eleição, milhares foram presos em uma repressão brutal.

Magalli Meda, ex-chefe de campanha da líder da oposição María Corina Machado, estava entre meia dúzia de opositores do governo que fugiram para a residência do embaixador argentino depois que o promotor-chefe de Maduro emitiu uma ordem de prisão em março por supostamente propagar violência política desestabilizadora.

Em retaliação, Maduro rompeu relações diplomáticas com o governo de direita do presidente argentino Javier Milei, que escolheu o vizinho Brasil para representar seus interesses e proteger os requerentes de asilo.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, em um comunicado, disse que estava “surpreso” com a decisão da Venezuela. Sob a Convenção de Viena que rege as relações diplomáticas, a Argentina deve agora nomear um custodiante substituto aceitável para o governo da Venezuela, disse o Ministério das Relações Exteriores. Enquanto isso, o Brasil continuará responsável pela missão diplomática, cuja integridade física não pode ser violada, disse o comunicado.

Desde sexta-feira, veículos blindados da polícia política do SEBIN estão estacionados do lado de fora da residência do embaixador argentino em um bairro arborizado de Caracas. A eletricidade para a missão diplomática também foi cortada, de acordo com Meda, que recorreu às mídias sociais para denunciar o que ela teme ser uma invasão iminente para prendê-la e aos outros oponentes do governo.

No sábado, o governo de Milei criticou a “ação unilateral” da Venezuela. Ele também expressou gratidão pela representação contínua dos interesses do Brasil, indicando que não estava com pressa de encontrar um substituto.

Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores disse que qualquer tentativa de invadir sua residência diplomática e “sequestrar” seus requerentes de asilo seria condenada pela comunidade internacional.

“Ações como essas reforçam a convicção de que na Venezuela de Maduro os direitos fundamentais dos seres humanos não são respeitados”, disse o Ministério das Relações Exteriores.

O Brasil também se recusou a reconhecer Maduro como vencedor nas eleições presidenciais, exigindo, em vez disso, que as autoridades divulguem um detalhamento dos resultados, como é costume nas eleições venezuelanas.

Mas, diferentemente de Milei, um ideólogo conservador estridente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou cautelosamente evitar antagonizar Maduro para dar espaço a um esforço de reconciliação regional liderado por ele e outros líderes de esquerda da Colômbia e do México.

Esse esforço diplomático até agora rendeu poucos resultados, levando observadores a questionar sua utilidade. Enquanto isso, a polícia prendeu mais de 2.400 pessoas em uma repressão brutal a protestos e dissidências.

Na semana passada, a Human Rights Watch emitiu um relatório conectando forças de segurança e grupos armados pró-governo ao assassinato de vários dos 23 manifestantes. O relatório foi baseado em análise forense de vídeos compartilhados em mídias sociais, bem como entrevistas com testemunhas.


O escritor da Associated Press, Joshua Goodman, contribuiu para esta reportagem de Miami.

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