Controvérsias racistas
Os ciganos não foram os únicos alvos do rancor de Ventura. Em 2020, escreveu nas redes sociais que Joacine Katar Moreira, deputada negra do partido ecosocialista Livre, deveria voltar detrás “para seu próprio país.” Moreira, que tem dupla cidadania luso-guineense, propôs que os itens dos museus portugueses obtidos nas ex-colónias fossem devolvidos aos seus países de origem.
Ventura também foi criminado de islamofobia depois de declarar que a “vaga islâmica” representa um “perigo real” para a Europa e apelou “a redução drástica da presença islâmica na União Europeia.”
Políticas duras
O prolongamento do Chega uma vez que força política tem sido escoltado por uma série de propostas radicais, incluindo uma tentativa de introduzir a castração química uma vez que pena para alguns criminosos sexuais, em privado pedófilos. A proposta – apelidada inconstitucional por o Juízo Superior da Magistratura Judicial — foi amplamente criticado por todos os outros partidos no parlamento.
O Chega também tem defendido uma política de imigração mais dura, incluindo o estabelecimento de “quotas” para a ingresso de estrangeiros, e penas criminais mais rigorosas e a reintrodução da pena de morte e penas de prisão perpétua.
Slogan vetusto transformado em novo
Em 2021, o Chega adotou um novo slogan: “Deus, país, família e trabalho”- uma apropriação e elaboração do Estado Novo do ditador português António de Oliveira Salazar “Deus, país, família”. Nas eleições de domingo, o partido consolidou-se uma vez que a terceira maior força política de Portugal e irá agora controlar pelo menos 48 dos 230 assentos no parlamento.
Aitor Hernández-Morales contribuiu com reportagem.