Setembro 21, 2024
Álvaro Venustidade propõe geração de cotas na política para jovens com menos de 35 anos |  Universidade de Verão do PSD

Álvaro Venustidade propõe geração de cotas na política para jovens com menos de 35 anos | Universidade de Verão do PSD

A política portuguesa está preenchida por “líderes muito grisalhos”, criticou esta quinta-feira o socialista Álvaro Beleza. Convidado pelo PSD para falar na Universidade de Verão dos sociais-democratas, o também presidente da Associação para o Desenvolvimento Poupado e Social (SEDES) sugeriu a geração de cotas na política, para que os jovens tenham mais espaço na liderança de órgãos políticos. Durante muro de uma hora, Álvaro Venustidade recebeu aplausos efusivos, principalmente quando teceu críticas à decisão do Governo de contratar médicos cubanos para dar resposta à falta de profissionais nos centros de saúde portugueses.

“Assim porquê se fez cotas de gênero – e muito – para que houvesse mais mulheres na política, nas empresas, administrações e na liderança [de cargos políticos]era profundidade de gerar também cotas para jovens de menos de 35 anos na política”, começou por propor o médico socialista Álvaro Venustidade, que se dirigia a uma plateia repleta de jovens que o ouvia atentamente.

Tal porquê na Constituição da República Portuguesa “há idades mínimas” para candidaturas à Presidência da República, “devia possuir limite de idade se poderem candidatar-se a órgãos políticos e executivos”, continua.

O socialista considera que “Portugal tem líderes muito grisalhos“: “Faltam-nos mulheres, jovens, na liderança. Estamos com muitos grisalhos no poder.” Uma vez que “o mundo está a encruzar uma idade excitante”, com uma “transição tecnológica e ambiental” a transcursão, Álvaro Venustidade está seguro de que é preciso envolver mais os jovens, que “são muito mais sensíveis e têm muito mais informações”.

“Portugal precisa de anelo, de não ter temor de ter anelo. Precisa de ter uma visão de horizonte com um incremento parcimonioso sustentável e companheiro do envolvente”, defendeu o médico socialista. E deixou um recado aos mais novos: “Se vocês não se impuserem, a minha geração não desampara a loja! É preciso sangue novo”. Rapidamente a sala se encheu de aplausos.

Conformidade com “ditadura comunista não faz sentido”

Focando-se na sua espaço profissional, Venustidade teceu depois fortes críticas à decisão do Governo de António Costa de contratar entre 200 a 300 médicos de países da América Latina, incluindo Cuba.

“Se acho muito contratarmos médicos cubanos quando temos médicos portugueses? Não. Se investirmos nos [médicos] que temos, temos até de sobra”, começou por criticar. E foi mais além: “Portugal precisa de gente de fora, mas fazer acordos e contratos com um Governo de uma ditadura comunista, porquê Cuba, não faz qualquer sentido”.

A sátira levou a que, uma vez mais, se fizessem ouvir fortes aplausos. Um dos jovens questionou portanto o socialista se “mantém crédito” no atual ministro da Saúde. Em resposta, Álvaro Venustidade limitou-se a considerar que Manuel Pizarro é “um saco de pancada” e que ser responsável pela pasta da Saúde é “o pior lugar da política portuguesa”.

Para Venustidade, a estratégia de Portugal deve ser procurar “ser porto seguro” para que consiga “atrair jovens, ser uma sociedade oportunidade, tolerante e inovadora”. “Somos um país seguro, temos tudo. Só falta uma coisa: tornar a fiscalidade competitiva em termos internacionais”, disse, aproveitando, uma vez mais, para criticar o estado atual da política portuguesa: é necessário ter “empresários na política; no Governo … precisamos de ter gente a governar que saiba o que é ter de remunerar mensalmente no término do mês”, disse.

Socialista, mas “livre” para expressar o que pensa

Durante muro de uma hora, Álvaro Venustidade, que “sempre quis vir à Universidade de Verão do PSD”, respondeu e respondeu a várias questões dos jovens sociais democratas. Ficou evidente que, mesmo sendo socialista e estando num país governado por uma maioria desse partido, é “livre de expressar” o que pensa.

“Vim para a política inspirada, em primeiro lugar, por Francisco Sá Carneiro e, depois, por Mário Soares. E ambos tinham essa propriedade: eram livres e corajosos. Não concebo estar na política e não expressar o que penso. Isso são proletários de máquinas”, criticou.

Com Paulo Rangel presente na sala, Álvaro Venustidade quis aproveitar a oportunidade e elogiar o eurodeputado e social-democrata, que é “um dos políticos portugueses que diz o que pensa e tem essa coragem”, concluiu.

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