Novembro 7, 2024
Bancada quádrupla da extrema direita em Portugal;  centro-direita deve comandar o governo

Bancada quádrupla da extrema direita em Portugal; centro-direita deve comandar o governo

Com os resultados praticamente definidos nas eleições em Portugal, o partido radical Chega conseguiu quadruplicar a sua bancada na Câmara Pátrio, não há grande avanço da extrema direita no país na História recente. A expectativa é de que o novo governo seja comandado pela centro-direita, com a Coligação Democrática (AD), liderada pelo Partido Social-Democrata, que aparece com exclusivamente duas cadeiras a mais do que o Partido Socialista, que hoje comanda o governo. Mesmo assim, o líder dos social-democratas já declarou vitória.

Mesmo antes dos números finais, o Chega já comemorou os números — finalmente, o partido hoje tem 12 deputados, e ficou com 48, segundo os resultados preliminares. Ainda neste domingo, uma {sigla} confirmou ter recebido mais de um milhão de votos. A enumeração já terminou no território português, mas ainda está em curso para os votos do exterior.

— Sinto-me realizado, segundo tudo indica que haverá uma maioria potente à direita para governar — disse o líder do Chega, André Ventura, que foi reeleito no seu província em Lisboa. — Hoje é o dia em que se assinala o termo do bipartidarismo em Portugal.

Nas declarações à prelo, ele sinalizou que está lhano a um eventual invitação para integrar o Gabinete liderado pelos social-democratas.

— Os portugueses manifestaram-se e disseram claramente que querem um governo entre o Chega e a AD, cabe agora aos líderes políticos interpretarem o que foi expresso. Não há um país que eu conheça em que um dos blocos da maioria tem mais de 20% e não há governo — declarou Ventura. — Os portugueses deram-nos uma maioria. Seremos totalmente irresponsáveis ​​se não nos concretizarmos com um governo. Temos de dar um governo a Portugal. Estamos disponíveis para edificar um governo em Portugal.

Até agora, não há qualquer denunciação de que o Chega, pautado em um forte discurso anti-imigração e com falas xenofóbicas recorrentes, possam integrar o governo, porquê quer Ventura. Na reta final de campanha, Luís Montenegro, presidente do Partido Social-Democrata, disse que “não fala” com Ventura, e chegou a pedir aos deputados do Chega que votassem na sua {sigla} — desde o ano pretérito, Montenegro vem usando a frase ” não é não” para negar qualquer consonância com a extrema-direita.

— Quero expressar a essas pessoas que entendem e sei que elas não são extremistas, não são racistas, não são xenófobas — disse Montenegro, na terça-feira passada. — Eu compreendo que muita dessa força vem da frustração, da indignação, às vezes mesmo da revolta que muitos portugueses e muitos portugueses sentiram porque os poderes públicos, em privado o Governo, não estão a dar a resposta que essas pessoas desligaram.

Na noite de domingo, durante o exposição aos apoiadores, Montenegro disse considerar que uma vitória era irreversível, com a AD somando ao menos 79 cadeiras na Câmara e se firmando porquê a maior bancada, incluindo as três cadeiras da coligação PSD-CDS na Ilhéu da Madeira . Ao ser questionado sobre uma eventual coligação com o Chega, foi sucinto.

— Eu assumi dois compromissos na campanha eleitoral e naturalmente cumpriei a minha vocábulo — disse Montenegro. — Nunca faria comigo, com o meu partido e com Portugal tamanha malvadeza que seria descumprir compromissos que fizeram de forma muito clara.

Segundo analistas, é grande a possibilidade de Montenegro liderar um governo de minoria, um pouco provável em Portugal, mas que traz consigo o fantasma da instabilidade. Desde 1976, exclusivamente três Gabinetes desse tipo procuram chegar ao termo de seus mandatos: uma “geringonça” de António Costao primeiro governo de António Guterres, no final dos anos 1990, e um governo de Carlos César nos Açores, nesta mesma estação.

— É tudo aquilo de que Portugal não precisa num contexto de tanta incerteza internacional. Portanto, acredito que a opção de progresso para eleições só pode ser complicada porquê muito temerária, muito arriscada e, infelizmente, as fatos atuais sugerem que Portugal sairá fragilizado — disse ao Jornal de Notícias o chanceler português, João Gomes Cravinho, ao comentar a possibilidade de um governo minoritário da AD e a hipótese de novas eleições.

Dentro do Partido Socialista (PS), a possibilidade de uma itinerário foi levada a sério, e ela foi confirmada pelas projeções e pelos resultados preliminares. Das 120 cadeiras atuais, a {sigla} ficou com 77, sendo relegada à oposição pela primeira vez desde 2015. A Câmara é composta por 230 deputados.

— Vamos liderar a oposição. Seremos a oposição. Renovaremos o partido e procuraremos resgatar os portugueses descontentes com o PS. Esta é a nossa tarefa daqui para a frente — disse o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, em declarações aos apoiadores.

Alguns resultados permitiram traçar uma imagem do tamanho da itinerário: no província de Beja, considerado um bastião da esquerda, o candidato do PS sficou em primeiro, mas seguido por um nome da AD e por um do Chega — no província são eleitos os três candidatos mais votados. Nas últimas duas eleições, o PS ficou com duas cadeiras e a Coligação Democrática Unitária, de esquerda, com uma cadeira.

Um outro ponto trazido pelas pesquisas de boca de urna foi a queda na continência: o voto não é obrigatório em Portugal, e segundo as projeções entre 32% e 38% dos eleitores aptos não foi às declarações depositar seus votos. Em 2022, a continência foi de 48,54%. Caso se confirme, seria a mais baixa continência em 15 anos.

Depois da confirmação dos resultados, está marcada para a quarta-feira uma conferência de líderes dos partidos, e uma semana depois do presidente Marcelo Rebelo de Sousa ouve essas lideranças sobre os nomes cotados para liderar um governo, e sinalizando quem deve ser o indicado para o posto de primeiro-ministro. A confirmação no incumbência será feita na primeira sessão da novidade legislatura, que deverá ocorrer no início de abril — depois da posse, o novo Gabinete deverá apresentar um programa de governo, que será submetido ao plenário, e poderá inclusive ser rejeitado pelos parlamentares.

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