O desistência da diligência económica e da política de crise moderno, aliados aos efeitos da política monetária seguidamente na zona euro para fazer encolher a inflação, estão a aumentar os riscos para a segurança financeira. O alerta vem do Banco de Portugal (BdP), que admite um aumento do incumprimento no crédito e uma expurgação dos preços do imobiliário.
Os avisos constam do mais recente Relatório de Firmeza Financeira, publicado nesta segunda-feira pelo regulador. “Os riscos para a segurança financeira aumentaram, reflectindo a restritividade da política monetária, o abrandecimento da diligência económica e, mais recentemente, a incerteza política”, pode ler-se no relatório.
Sobre a política monetária de aumento das taxas de rendimento directoras para forçar a redução da inflação, e os impactos desta política sobre a economia, o BdP lembra que, apesar de a inflação já estar a encolher na zona euro, “esta permanece supra do objectivo de prazo previsto pelo Banco Mediano Europeu”, pelo que a moderno política monetária deverá prolongar-se.
Assim, somam-se “os conflitos militares em curso, na Ucrânia e no Médio Oriente”, que “acrescentam a complicação à transporte de políticas, oferecido o potencial efeito sobre a inflação e a diligência económica”. Em concreto, alerta o regulador, estes eventos “podem originar desvalorizações de activos e subidas dos prémios de risco nos mercados financeiros internacionais”.
Já sobre a crise política, o BdP sublinha que “o recente quadro de incerteza política que o país vive é uma novidade nascente de risco, apesar de mitigada pela expectável aprovação do Orçamento do Estado para 2024 proposta pelo moderno Governo”.
É neste contexto que o BdP destaca quatro grandes riscos para a segurança financeira: “A pressão acrescida sobre as contas das administrações públicas; o aumento do incumprimento das famílias mais vulneráveis; a dificuldade das empresas para prometer o serviço de dívida, em privado das mais vulneráveis vulnerabilidades e correção de preços no mercado imobiliário.”
Mas o “risco principal para o sistema bancário português”, resume o regulador, “decorre de uma potencial materialização acrescida do risco de crédito de empresas e particulares”. Assim, defende o BdP, “é fundamental que o setor bancário continue a promover a sua resiliência a potenciais choques adversos, conservando o capital gerado organicamente”.
A nascente propósito, regista-se, o BdP impôs, a quatro dos cinco maiores bancos nacionais (BCP, BPI, Santander e Novo Banco), a geração de uma suplente de capital suplementar, para ressalvar o risco associado à carteira de crédito à habitação .