Novembro 2, 2024
Crise política em Portugal afeta a privatização da TAP – 12/01/2024 – Mercado

Crise política em Portugal afeta a privatização da TAP – 12/01/2024 – Mercado

A queda inesperada do governo de Portugal —motivada por investigações de devassidão no núcleo duro do Executivo— afetou os planos de privatização da companhia aérea TAPque tem o Estado luso porquê principal acionista.

A decisão sobre a venda da empresa, antes dada porquê certa, ficará agora nas mãos dos vencedores das eleições antecipadasmarcado para 10 de março.

O decreto que autorizou a venda de pelo menos 51% do capital da aérea foi publicado pouco mais de uma semana antes da revelação do escândalo, que levou ao pedido de demissão do primeiro-ministro, António Costa, em 7 de novembro.

Em meio à turbulência política e alegando falta de transparência no processo, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, decidiu vetar o texto, devolvendo a proposta aos deputados.

A rescisão do Parlamento e a eleição de um novo governo fazem com que a decisão sobre o orientação da companhia fique para os próximos inquilinos do Palácio de São Bento.

Apesar do desgaste com as investigações sobre o governo demissionário, o Partido Socialista, no poder desde novembro de 2015, aparece na liderança das pesquisas de intenção de voto. Novo líder da {sigla} e candidato a primeiro-ministro, o deputado Pedro Nuno Santos já se declarou contrário à perda de controle do Estado sobre a aérea.

Ex-ministro das Infraestruturas, mas com justiça pelas questões relativas à TAP, o candidato afirmou que o Estado salvou a empresa.

Duramente afetada pelas restrições de circulação na pandemia da Covid-19, a companhia aérea recebeu do governo luso 1,2 bilhão de euros (R$ 6,4 bilhões), em meio a um projecto de restruturação.

“O governo salvou a empresa. A TAP era uma empresa com muitos problemas. Quando se dá a pandemia, os aviões estavam em terreno, não operavam. Nos dois anos anteriores à pandemia, tinha sorte prejudicada com uma gestão privada. Todos perderam o ocupação na TAP se o governo não tivesse intervencionado a empresa”, afirmou, em entrevista à emissora SIC em 27 de dezembro.

Para o secretário-geral socialista, o governo português deve perfurar o capital a grupos privados, “mas não deve negar da maioria [acionária].”

Segundo disposto nas pesquisas, o principal partido da oposição, o PSD, de centro-direita, é favorável à venda aérea, mas não no padrão proposto pelo atual governo. Líder do partido e candidato a primeiro-ministro, Luís Montenegro classificou a proposta dos socialistas porquê um “transgressão político e financeiro”.

Francamente favorável à privatização, o CEO da TAP, Luís Rodrigues, confirma que a queda do governo atrasa uma definição sobre a empresa.

“Eu sou favorável à privatização pelo trajo de que é difícil que uma empresa que atua em um mercado brutalmente competitivo e global esteja condicionada por um acionista [governo português] que tem regras próprias em que seu não crítico, mas saudação”, afirmou, durante entrevista à prelo estrangeira em Portugal.

“Os novos representantes do acionista têm obviamente o obrigação e o recta de se pronunciarem logo que foram eleitos. Uma vez que neste momento não sabemos quem não vamos fazer o manobra de adivinhação, não vamos nos pronunciar sobre isso [privatização].”

O CEO da TAP afirmou que a mentalidade na meio da empresa tem sido para atuar “porquê se não houvesse privatização”.

“Se ficarmos paralisados ​​com pânico, vamos expressar que não servimos para zero. Se tentarmos ser, porquê estamos a tentar, uma das empresas mais atrativas da indústria, quem chegar vai ver o nosso bom trabalho”, disse.

O controle da TAP sempre foi um tema sensível em Portugal. Em seguida mais de duas décadas de idas e boas-vindas, o governo português, logo liderado pelo PSD (Partido Social-Democrata), privatizou oficialmente a empresa no termo de 2015, vendendo a maior segmento do capital ao consórcio Atlantic Gateway, com participação do português Humberto Pedrosa e o americano David Neeleman, fundado da Azul.

Pouco depois, com a chegada ao poder do Partido Socialista, o governo decide logo iniciar a desfazer o negócio, recuperando sua participação na companhia já em 2016. A reestatização ocorre definitivamente em 2020, sob a batuta do logo ministro das Infraestruturas —agora candidato a estreia— Pedro Nuno Santos.

A naturalização foi realizada para viabilizar justamente a injeção de capital público para salvar a empresa da crise provocada pela pandemia.

Sancionado pela Percentagem Europeia em 2021, o projecto de restruturação da TAP prevê várias medidas de redução de custos, porquê redução da frota, galanteio de mais de 2.000 postos de trabalho e redução dos orçamentos.

As medidas ficam em vigor até 2025 e, por enquanto, ainda impactam diretamente a companhia.

Principal mercado para a empresa, onde tem mais de 80 voos semanais decolando de 11 capitais, o Brasil é o maior candidato à ampliação de rotas e frequências em seguida o termo do arroxo imposto pelas autoridades europeias.

Unicamente nas saídas entre Guarulhos e Portugal, a TAP transportou, em 2023, mais de 564 milénio passageiros, o que representa um desenvolvimento de quase 23% em relação ao ano anterior.

Em seguida amargar cinco anos de prejuízos, a TAP voltou a dar lucros em 2022. Nos primeiros nove meses de 2023, dados mais atualizados já divulgados, a companhia teve um resultado positivo recorde, chegando a 203,5 milhões de euros (R$ 1, 1 bilhão).

Os lucros da empresa, exclusivamente no terceiro trimestre do ano pretérito, foram de 180,5 milhões (R$ 962,7 bilhões).

Embora tenha obtido bons resultados nos negócios, a TAP viveu dias de turbulência política e administrativa no último ano, o que fez a companhia ser claro até de uma CPI (percentagem parlamentar de questionário) no Parlamento.

O principal ponto de tensão foi a revelação, em reportagem do jornal Correio da Manhã, do pagamento de uma indenização de meio milhão de euros (R$ 2,7 milhões) à ex-gestora Alexandra Reis. Dez meses em seguida o desligamento da empresa, a executiva passou a ocupar o incumbência de secretária de Estado do Tesouro no governo socialista.

Um relatório da IGF (Inspeção-Universal de Finanças) concluiu que os valores pagos a Alexandra Reis foram indevidos e pediu a reembolso de 450 milénio euros aos cofres públicos.

O caso gerou enorme desgaste político e levou a uma série de desligamentos, incluindo a logo CEO, Christine Ourmières-Widener, que foi demitida por justa pretexto. A executiva francesa está processando o governo português.

As pesadas limitações salariais do projecto de restrição também provocaram greves e perturbações nos serviços, incluindo uma paralisação de dois dias, em dezembro de 2022, que provocou o cancelamento de 360 ​​voos e afetando milhares de brasileiros com bilhetes da empresa.

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