A ininterrupção da semana de quatro dias em Portugal está sendo comprovado pelo novo governo, comandado pela coligação de centro-direita Associação Democrática.
Em resposta ao Portugal Giro, o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social confirmou que o “projeto ainda está a ser medido”.
O resultado preparatório do projeto-piloto com duração de seis meses indica aprovação de 95% das 41 empresas que participaram da experiência.
Coordenador do programa contratado pelo governo, o economista Pedro Gomes se prepara para apresentar o relatório final, que tem balanço positivo.
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— O projeto terminou e estamos elaborando o relatório final para maio ou junho. Evidente que afetou os próximos passos (a transição de governo), mas primeiro tem que ter o relatório para depois ver o posicionamento do novo governo — disse Gomes, que é professor de economia em Birkbeck, Universidade de Londres.
O balanço que antecipou ao Portugal Giro e apresentado ao vetusto governo revelou que uma semana de quatro dias desculpa “melhoria enorme no esforço e motivação”.
— O governo deve necessitar de qualquer tempo para julgar e logo sentenciar o cumprimento que quer dar. Um projeto-piloto estava sendo prestes no setor público, mas esse não é notório que progredir — disse Gomes, responsável do livro “Sexta-feira é o novo sábado”.
A redução da duração de reuniões e geração de blocos de trabalho não interferiram no cumprimento dos objetivos semanais, constataram as empresas.
Os funcionários destacaram que na semana de quatro dias aumentaram o convívio familiar e diminuíram os níveis de estresse e exaustão no envolvente de trabalho.
Quase metade (46%) considerava difícil conciliar vida pessoal e profissional. O número caiu para 8% durante os seis meses do programa. E 65% dizem ter ficado mais com a família.
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Segundo os resultados iniciais, a média de horas semanais caiu de 39,3 para 34 (-13,7%). Mais da metade (58,8%) das empresas deu um dia de folga por semana e 41,5% decidiram implementar nove dias úteis de trabalho a cada 15 dias.
Os trabalhadores (85%) disseram que depois de trabalharem na empresa com uma semana de quatro dias, mudariam para uma companhia com horário tradicional. Desde que houve aumento de salário superior a 20%.
O vetusto governo de Portugal disse que o projeto foi replicado na Bélgica. A teoria é dar base às empresas portuguesas para implementar uma experiência de maneira voluntária e reversível, com o pedestal do Instituto do Ofício e Formação Profissional (IEFP). Sem contrapartida financeira do Estado.