O Ministro das Finanças, Fernando Medina, afirmou que está «ausente» um risco de recessão na economia portuguesa. O Ministro destacou também as diferenças macroeconómicas divulgadas por Bruxelas, que revelam em supino o desenvolvimento poupado e em baixa a taxa de inflação.
«Desenvolvimento mais supino e inflação mais baixa, risco de recessão afastada», disse Fernando Medina, numa enunciação à notícia social, à ingresso para um Parecer de Ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo).
O Ministro destacou também «o facto de todas as projeções neste momento darem um desenvolvimento em terreno positivo para a economia portuguesa»:
«Qualquer capacidade de desenvolvimento suplementar que tenhamos e consigamos invadir em 2023 já é feito sobre uma base de utilização da capacidade produtiva muito elevada», afirmou.
Para Fernando Medina, as variações de Bruxelas evitam – no que se refere ao desenvolvimento do Resultado Interno Bruto (PIB) – «um cenário mais multíplice do que era aquele que se antevia há uns meses», destacando ainda a revisão em baixa da taxa de inflação.
Recorde-se que a Percentagem Europeia reviu em subida a previsão de desenvolvimento da economia portuguesa para 1% leste ano, esperando que, depois de um início de ano mais fraco, haja uma melhoria a partir do segundo trimestre.
As perspetivas de Bruxelas representam uma revisão em subida de 0,1 pontos percentuais (pp.) e de 0,3 pp. para 2022 e 2023, respetivamente, face ao relatório de novembro. Mas, para leste ano, fixa-se aquém da previsão do Governo, que espera uma expansão de 1,3%.
No que respeita à taxa de inflação para leste ano, a União Europeia fez uma revisão em baixa para 5,4%, referindo que o pico foi atingido no último trimestre do ano pretérito.
Nas variações de inverno – agora divulgadas – Bruxelas aponta para uma taxa de inflação em Portugal de 8,1% em 2022 e de 5,4% em 2023.
A previsão para 2022 é superior em 0,1 pontos percentuais (pp.) face ao relatório de novembro, mas é revista em baixa de 0,4 pp.