O relatório da Pordata baseia-se nos dados do Eurobarómetro de 2023. Os números coligidos neste trabalho mostram que oito em dez dos inquiridos tendem a não incumbir nos partidos. Neste capítulo, Portugal segue a tendência de 19 dos 27 países-membros da União Europeia, onde mais de 70 por cento expressam o mesmo pensamento.
Quanto à participação, a Pordata aponta que 73 por cento dos portugueses concluem que o sistema político não permite ou permite em escassa medida a influência dos cidadãos. Nascente entendimento é geral a mais de metade dos países analisados – são exceção a Noruega, Suíça, Finlândia, Islândia e Países Baixos.Já os dados do Interrogatório Social Europeu indicam que Portugal é um dos quatro países onde os cidadãos menos investiram na capacidade de participação na política (83 por cento), depois da Eslováquia (84 por cento) e a par da Letónia e da Chéquia.
Quinze por cento dos inquiridos disseram ter contatado, no espaço de 12 meses, um político, 12 por cento publicaram ou compartilharam na internet conteúdos sobre política, 12 por cento relataramam uma petição, cinco por cento boicotaram produtos por motivação política e quatro por cento participaram em atividades partidárias ou de grupos de interessenomeadamente sindicatos, confederações patronais, associações profissionais ou associações ambientalistas.
Mais de metade dos inquiridos (56 por cento) declaram-se satisfeitos com a democracia, o que coloca o país, neste projecto, supra da média europeia (55 por cento).
Portugueses e italianos com interesse em notícias
Relativamente ao interesse pelos temas políticos, portugueses e italianos são os cidadãos europeus que mais tempo passam a seguir notícias sobre política ou a atualidade, em concreto mais de duas horas diárias. Em Portugal, quatro em cada dez pessoas exprimem muito ou qualquer interesse por oriente tema.
Todavia, 32 por cento dos inquiridos admitem nunca abordar temas de política com amigos ou familiares, ao passo que dez por cento referem discutir frequentemente estes temas. A média europeia de 25 por cento.Em material de posicionamento político, 31 por cento dos inquiridos dizem situar-se ao núcleo, 28 por cento à esquerda e 19 por cento à direita. A média europeia é cá de 38 por cento ao núcleo, 28 por cento à esquerda e 23 por cento à direita. Dezasseis por cento dos inquiridos em Portugal não sabem responder e seis por cento negam-se a responder.
No que diz reverência à justiça, Portugal é um dos nove países da União Europeia onde mais de metade dos inquiridos tendem a não incumbir no sistema. São 53 por cento, valor que excede em nove pontos percentuais a média europeia.
Cinquenta e quatro por cento das pessoas tendem a incumbir na União Europeia, supra dos 47 por cento da média do conjunto.
c/ Lusa