Novembro 15, 2024
Governo de Portugal nega planos de reposição por crimes contra ex-colônias

Governo de Portugal nega planos de reposição por crimes contra ex-colônias

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O governo de Portugal afirmou que não há qualquer “processo ou programa de ações específicas” relacionado às peças de reposição das ex-colônias. As informações foram publicadas pelo jornal português Público neste sábado (27).

O enviado é o primeiro desde que o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu que o país assuma “responsabilidade totalidade” pelos crimes coloniais e pague os custos desses atos.

Leia mais: Portugal confirma culpa por escravidão e Anielle Franco reage: “enunciação precisa vir seguida de ações concretas”

Na terça, Rebelo de Sousa Aprendeu que o país foi responsável por crimes cometidos contra escravos e indígenas no Brasil no período do colonialismo.

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Em nota, o governo, no entanto, afirma que “as relações do povo português com todos os povos dos Estados que foram antigas colônias de Portugal são realmente excelentes, assentes no saudação reciprocamente e na partilha da história generalidade”.

Neste sábado (27), Marcelo Rebelo de Sousa voltei a falar sobre o tópico e disse que o cancelamento de dívidas, a oferta de financiamento às ex-colónias e a facilitação da mobilidade dos cidadãos desses países são formas de liquidação.

“Não podemos meter isto debaixo do tapete ou dentro da gaveta. Temos as obrigações de pilotar, de liderar nascente processo. Se não vai-nos suceder o que aconteceu a outros países que, tendo sido potências coloniais, perderam a capacidade de diálogo e entendimento com as ex-colônias e estão a ser convidadas a transpor, a muito ou a mal, dos países onde ainda têm presença alguma”, destacou.

Em Portugal, o governo e a presidência da República são instituições diferentes. O governo é formado por parlamentares e comandado por um primeiro-ministro. O presidente da República é gerente de Estado e nomeia o primeiro-ministro a partir de uma indicação do parlamento.

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Repercussão no Brasil

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Um ministro Sonia Guajajara (Povos Indígenas) se manifestou nesta quinta-feira (25) sobre as declarações do presidente de Portugal.

“O reconhecimento da responsabilidade e a disposição para promover peças, e remunerar pelos danos, traz ao debate público internacional de forma inédita a relevância inadiável de progresso numa agenda por paridade étnica racial”, afirmou.

Na visão do ministério, iniciar esse debate é fundamental para que as próximas gerações aprendam e estudem sobre história e cultura indígena.

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Em vídeo transmitido à prensa, a ministra Anielle Franco (Paridade Racial) disse que a possibilidade de reparar o Brasil é “fruto de séculos de cobrança da população negra” e um “salto do debate e da influência [do tema]Ou por outra, afirmou que o pronunciamento de Rebelo foi “contundente” e “muito importante”.

“Essa enunciação precisa vir seguida de ações concretas uma vez que o próprio presidente parece estar ali se comprometendo a fazer”, enfatizou.

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