A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, sublinhou esta quinta-feira o “alargado consenso” que existe em Portugal sobre o “apoio inequívoco à Ucrânia”, escusando-se a comentar as declarações do Presidente da República que não respondeu.
No ‘briefing’ do Conselho de Ministros desta quinta-feira, o ministro da Presidência foi questionado sobre se o Governo se revia nas palavras do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esta quinta-feira em Kiev de que o futuro da Ucrânia é “na União Europeia e na NATO”.
“Não vou comentários, ainda mais de declarações que não ouvi. A posição do nosso país na matéria do apoio inequívoco à Ucrânia é consensual desde o primeiro dia”, começou por sublinhar.
Reiterando que não respondeu às declarações de Marcelo Rebelo de Sousa desta manhã, Mariana Vieira da Silva sublinhou que “Portugal beneficia de um alargado consenso nesta matéria”, ou seja, “de apoio à Ucrânia”.
O Presidente da República aconteceu-se esta quinta-feira em ucraniano ao homólogo Volodymyr Zelensky e militar para garantir que Portugal vai apoiar sempre a independência do país que há ano e meio está a combater uma invasão russa.
“Parabéns, Ucrânia! Portugal estará, e está, sempre com a sua independência”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, durante as comemorações do 32.° aniversário da independência da Ucrânia, em Kiev.
Para surpresa de todos os convidados, militares e até do Presidente da Ucrânia, o chefe de Estado português fez a intervenção hoje, de pouco mais de um minuto, em ucraniano, sendo várias vezes aplaudido.
O Presidente da República acrescentou que apoiar a Ucrânia é essencial para que o futuro da Europa seja um futuro de segurança: “Sem a sua defesa legítima não haverá paz e segurança na Europa.”
E o futuro, na ótica do Presidente da República, será “na União Europeia e na NATO”.