Novembro 15, 2024
Governo diz que está disponível para negociar com partidos IRC e IRS jovem – Portugal Digital

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O Governo do primeiro-ministro Luís Montenegro (PSD,direita) está disponível para negociar no Orçamento do Estado para 2025 medidas da oposição e as suas próprias, incluindo IRS jovem e IRC, mas disse recusa transformar este exercício em “folclore e de discussão tática ”.


Portugal Digital com Lusa



No final do Conselho de Ministros, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, foi questionado por várias vezes sobre as novas reuniões do Governo com os partidos, marcadas para terça-feira, e se estaria disponível a alteração ou até a deixar cair medidas que tem sido considerada emblemática como o IRS jovem ou a descida do IRC, que o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, já decidiu.

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“Naturalmente que é profundamente tentador comentar as posições de cada líder ou de cada dirigente partidário, mesmo quando elas mudam de semana para semana ou quando elas variam entre o líder e outros dirigentes partidários, é profundamente tentador. Mas a nossa posição não é essa. Não é de transformar isto num folclore de discussão e de tática”, afirmou.

O ministro reiterou que, na discussão do Orçamento do Estado, o Governo terá abertura para discutir quer medidas da oposição, quer medidas do executivo, incluindo aquelas sobre as quais foram diretamente questionadas: a descida de um terço do IRS para os jovens até 35 anos e a redução gradual do IRC até final da legislatura.

“Não vou entrar no detalhe – por respeito a cada um dos atores partidários que se sentará connosco dentro da sala – a discutir o detalhe e o caminho desta proposta”, disse.

No entanto, alertou, essa abertura ao diálogo não poderá desvirtuar “a coerência do programa de Governo”.

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“Não deve existir, não pode existir, um orçamento que seja contrário à iniciativa e à visão e ao Programa de Governo. A própria Constituição diz que a proposta de lei tem de ser apresentada pelo Governo para existir essa coerência”, frisou.

Leitão Amaro defendeu que “o país precisa de um orçamento do Estado” e que o Governo está empenhado em que o documento seja aprovado.

“O nosso compromisso é fazer isso acontecer, com lealdade ao exercício negocial. A resposta ao partido A, a resposta ao partido B, às suas preocupações, às várias gradações, de como se pronunciam sobre cada tema, será dada ali”, disse, referindo-se às reuniões de terça-feira com os partidos.

O Governo convocou os partidos com assento parlamentar para uma segunda ronda de reuniões sobre o Orçamento do Estado a realizar na terça-feira na Assembleia da República, com os ministros das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, da Presidência, António Leitão Amaro, e o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, adiantou fonte do executivo à Lusa.

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A primeira ronda de reuniões realizou-se em 19 de julho, na residência oficial do primeiro-ministro, mas Luís Montenegro – cuja presença estava inicialmente prevista – acabou por faltar por razões de saúde, o que levou o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, a também não participa nos encontros nesta ocasião.

O Orçamento do Estado para 2025 terá de ser entregue no parlamento até 10 de outubro e os partidos que apoiam o Governo, PSD e CDS-PP, somam 80 deputados e são insuficientes para garantir a aprovação do documento, sendo necessária ou a abstenção do PS ou o voto favorável do Chega.

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