Setembro 28, 2024
Governo e PS continuam em desacordo sobre Orçamento de Estado para 2025 – Portugal Digital

Governo e PS continuam em desacordo sobre Orçamento de Estado para 2025 – Portugal Digital

O primeiro-ministro disse que não vai ceder na descida do IRC por ser um compromisso do Governo e que vai esgotar todas as possibilidades de negociação do Orçamento de Estado para 2025.


Portugal Digital com Lusa


Assembleia da República, Lisboa.


“Não abdicamos da política económica. Se entendermos que precisamos de ter mais investimento e sermos mais competitivos, devemos desagravar o esforço fiscal, não temos como não concretizar, se essa é a pedra angular da nossa política econômica”, afirmou Luís Montenegro, sexta-feira (27), em Mafra, na sessão de encerramento da VII Cimeira do Turismo Português.

Montenegro conversou pouco depois do líder do PS, Pedro Nuno Santos, ter colocado como condições para aprovar o Orçamento do Estado para 2025, proposto pelo governo, a retirada da redução do IRS para jovens e a redução do IRC que recai sobre as empresas.

“Todos temos de ceder e colocar o interesse nacional à frente de qualquer outro interesse, incluindo à frente de algumas das nossas ideias, mas em democracia quem governa é o Governo e há uma contradição quando quem quer governar é a oposição”, disse o primeiro -ministro.

As declarações foram feitas no dia em que Montenegro e Pedro Nuno estiveram reunidos durante cerca de hora e meia no Palácio de S. Bento, em Lisboa, na tentativa de um acordo que viabilizasse a aprovação do OE.

Montenegro anunciou que responderá na próxima semana às propostas que foram apresentadas sexta-feira pelo secretário-geral do Partido Socialista.

A proposta para o Orçamento de 2025 deverá ser entregue pelo governo ao parlamento no dia 10 de outubro. O governo minoritário do primeiro-ministro Montenegro (PSD, direita) precisa dos votos do PS (centro-esquerda) ou do Chega (extrema-direita) para a sua aprovação. Os partidos de esquerda, nomeadamente o PCP, Bloco de Esquerda e Livre, já anunciaram que não votarão favoravelmente a proposta de orçamento.

Caso uma proposta governamental não seja aprovada, o Presidente da República deverá dissolver o parlamento e convocar eleições legislativas.

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